Negócios

Dona do Burger King diz que fast-food pode mudar para sempre

Um exemplo é o uso de máscara como parte fundamental do uniforme daqui para a frente, além da transformação digital com aplicativos de delivery e drive-thru

BK: Restaurant Brands International, dona das marcas Burger King, Tim Hortons e Popeyes na América do Norte, se prepara para reabrir os salões em breve (Karin Salomão/Exame)

BK: Restaurant Brands International, dona das marcas Burger King, Tim Hortons e Popeyes na América do Norte, se prepara para reabrir os salões em breve (Karin Salomão/Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 13 de maio de 2020 às 16h24.

Última atualização em 14 de maio de 2020 às 08h46.

Depois de semanas com milhares de restaurantes fechados, a Restaurant Brands International, dona das marcas Burger King, Tim Hortons e Popeyes na América do Norte, se prepara para reabrir os salões em breve.

Mas os restaurantes das redes de fast-food não devem voltar ao que eram e mudanças devem ser feitas para a segurança dos consumidores, em um momento de pandemia do novo coronavírus. Algumas dessas transformações devem se manter por um bom tempo — talvez para sempre. 

Com 15.000 restaurantes na América do Norte das três marcas, a empresa tem operado por enquanto através de delivery, drive-thru e canais mobile. Agora, se prepara para voltar a abrir os restaurantes, que devem ter configurações bastante diferentes daqui para a frente. As reaberturas, por enquanto, estão sendo estudadas para os Estados Unidos. 

“Nós abraçamos completamente a noção de que parte de nossos restaurantes precisa mudar — certamente para o futuro próximo e possivelmente para sempre”, diz o presidente da RBI, José Cil, em carta aberta. Neste ano, as ações da Restaurant Brands acumulam queda de 16%.

Um exemplo de mudança mais permanente é o uso de máscara como parte fundamental do uniforme daqui para a frente. A maioria dos restaurantes hoje conta com proteções de acrílico e serviço sem contato. A rede também está mantendo uma distância entre as cadeiras nos salões, independentemente das recomendações locais. As mesas e cadeiras serão higienizadas após cada uso. O autoatendimento para refrigerantes foi removido e substituído por atendimento no balcão.

Outra transformação foi a digital. Centenas de novos restaurantes foram incluídas a plataformas de delivery, melhorias na operação de delivery e desenvolvimento de pedidos e pagamentos pelo celular. Há ainda opções para retirar o pedido na calçada, sem entrar no restaurante.

Essas mudanças foram feitas para aumentar a rapidez e diminuir o contato na experiência cada vez mais. "Nunca houve tempo melhor para adotar um modelo de negócios que serve dezenas de milhões de pessoas por dia com velocidade e contato limitado", diz o executivo. 

"Depois de oito longas semanas, a maior parte de nós na América do Norte está agora mudando nossa mentalidade de crise para recuperação", diz o presidente. "Estamos agora indo para a próxima fase de reabrir salões de acordo com as orientações das autoridades locais e vamos voltar a acolher milhões de consumidores para refeições nos nossos locais", afirma.

Acompanhe tudo sobre:Burger KingCoronavírusDeliveryFast food

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia