São Paulo - A European Aeronautic Space & Defence Co. (EADS), que controla a Airbus, e a britânica BAE Systems anunciaram ontem que mantêm conversas para a fusão de seus negócios, uma operação que pode originar a maior empresa aeroespacial e de defesa do mundo, com receita de quase 90 bilhões de dólares.

Enquanto a EADS é forte na aviação civil, a BAE tem um portfólio na área de defesa, especialmente com sistemas de armas aéreas, terrestres e marítimas. A associação entre as empresas afetaria particularmente o negócio da americana Boing, que faturou cerca de 69 bilhões de dólares no ano passado.

Em comunicado ao mercado, as empresas afirmaram que a transação criaria uma companhia com liderança internacional e centros de excelência no Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e Espanha, além de Austrália, Índia e Arábia Saudita.

"A combinação de dois negócios complementares oferece a oportunidade de maior inovação e estabilidade financeira a longo prazo, alargando a presença no mercado. Isso permitirá às empresas competir de modo mais efetivo no cenário global", diz outro trecho do anúncio.

Segundo a BBC, a EADS deve ficar com 60% da nova empresa caso o acordo vá para frente, deixando os outros 40% para a BAE.

Na manhã desta quinta, as ações das duas empresas operavam em baixa.