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Ibope e guerra comercial: após abrir o dia em alta, dólar ronda R$ 4,14

Às 10:36, o dólar recuava 0,07 por cento, a 4,1391 reais na venda, depois de terminar a véspera com alta de 0,41 por cento, a 4,1422 reais

O dólar tinha variações modestas ante o real nesta quarta-feira (Jose Luis Gonzalez/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 10h50.

Última atualização em 19 de setembro de 2018 às 11h14.

São Paulo - O dólar tinha variações modestas ante o real nesta quarta-feira diante de um cenário externo mais favorável para divisas de países emergentes, que suavizava as apreensões em torno do cenário eleitoral após nova pesquisa de intenções de votos.

Às 10:36, o dólar recuava 0,07 por cento, a 4,1391 reais na venda, depois de terminar a véspera com alta de 0,41 por cento, a 4,1422 reais. O dólar futuro tinha perdas de cerca de 0,7 por cento.

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"Os emergentes estão com bom desempenho, com alívio à questão comercial após a tarifa comercial inicial aplicada por Estados Unidos ficar em 10 por cento", explicou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

No exterior, o dólar rondava a estabilidade ante a cesta de moedas e caía contra divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

Estados Unidos e China anunciaram novas tarifas sobre importações um do outro nesta semana, mas as medidas foram menos severas do que o inicialmente esperado. Além disso,investidores apostam em mais estímulos por parte de Pequim para amortecer o impacto de mais essa rodada de tarifas comerciais.

"Há a percepção de que muita conversa ainda deve ocorrer podendo-se chegar a um bom termo, evitando uma guerra comercial generalizada. É a visão do copo meio cheio", disse a SulAmérica Investimentos em relatório.

Quanto ao cenário eleitoral doméstico, a cautela continua prevalecendo depois que a última pesquisa Ibope consolidou Fernando Haddad (PT), candidato que o mercado vê como menos comprometido com o ajuste das contas públicas, na segunda colocação da corrida presidencial. Já as intenções de voto para Geraldo Alckmin (PSDB), cujo perfil agrada mais aos investidores, caiu.

"Embora assuste o salto de 11 pontos (de Haddad), tem que ver se as próximas pesquisas vão mostrar avanço nessa velocidade", avaliou Machado.

Na simulação de um eventual segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Haddad, os dois empatariam em 40 por cento. Na pesquisa anterior, os dois já tinham empate técnico no segundo turno, mas o petista aparecia numericamente atrás.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de 9,801 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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