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Do ppt, feito usando IA, para um cheque de R$ 7,5 milhões: conheça a Advolve

Recém-lançada, a startup de marketing digital atraiu a Valor Capital e Lanx Capital para a liderança da rodada pré-seed

Djary Veiga, João Sobreira e João Paulo Marinho Martins, da Advolve: vamos começar a gerar receita no próximo mês (Advolve/Divulgação)
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 27 de março de 2024 às 07h51.

Última atualização em 27 de março de 2024 às 15h14.

A startup Advolve nem bem chegou ao mercado e garantiu um cheque de R$ 7,5 milhões em rodada pré-seed. A startup paulistana, em desenvolvimento desde setembro, usa IA generativa e machine learning para oferecer serviços de marketing digital.

Em um mercado altamente disputado por diversas agências, consultorias e ferramentas de análise de dados, o que a startup propõe é entregar uma estrutura que resolva, a partir de poucos passos, os problemas com os quais essa indústria lida há muitos anos.

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Em uma uma única plataforma, reúne:

A ideia é trabalhar, inicialmente, com grandes anunciantes, com faturamento acima de R$ 30 milhões por ano e que têm um histórico relevante de campanhas publicitárias.São essas informações que serão usadas para alimentar as IAs e gerar modelos personalizados para cada companhia.

Quem os fundos na rodada de captação

“Nós criamos uma solução que aprende em todas as partes, usando a base de dados dos nossos clientes, se retroalimenta a partir de deep learning, e gera valor para essas marcas, conectando o serviço de ponta a ponta“, afirma João Sobreira, cofundador e CEO da operação.

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A Advolve, um acrônimo para “evolução dos anúncios”, em inglês, tem ainda como sócios o cientista de dados e professor João Paulo Marinho Martins, e Djary Veiga, sócio de Sobreira em outros negócios no universo de games.

O modelo da startup atraiu a Valor Capital e Lanx Capital, os dois fundos que lideram a rodada de R$7,5 milhões.Com eles, entraram Veredas Partners e Verve Capital e ainda uma série de investidores-anjo como Felipe Oliva (da Squid), Guilherme Rodrigues (da Deco), Marcelo Ferronato (da MediaHero), Marcello Vasconcellos (Buser) e Mira Capital, family office dos fundadores da VTEX.

Os recursos serão usados para o desenvolvimento de produtos, criação de tecnologias proprietárias e para o fortalecimento do time, hoje com 16 pessoas, incluindo os três sócios.

O ppt com o IA - e o primeiro recurso

Na validação dos caminhos do negócio, a primeira versão do pitch deck - a apresentação com a tese da startup - foi feita usando a IA generativa em 100% do processo, combinando o  ChatGPT a outras tecnologias.

“Nós colocamos o que queríamos, entre textos e imagens, porque acreditamos e realmente fazemos uso de IA no dia a dia do negócio. Levamos para todos os fundos, inclusive foi com ele que conseguimos o commitment do primeiro fundo. Com os inputs, nós fomos atualizando”, diz Sobreira.

Com apenas 23 anos, o jovem empreendedor cresceu no universo de games e tecnologia. É também o fundador da Tipspace, uma plataforma de jogos que recebeu em rodada seed de US$ 3 milhões liderada pela Upload Ventures em 2022, e de uma agência para influenciadores gamers.

Foi neste meio que percebeu as dificuldades de conectar as pontas do marketing digital. Apesar de movimentar mais de 30 bilhões por ano no país, segundo dados da organização IAB Brasil, o mercado ainda patina em compilar os dados e gerar informações preditivas sobre os resultados das campanhas colocadas no ar.

“O mercado de games é possivelmente o mais avançado em aquisição de usuários digitais, cujo objetivo é trazer o cliente para dentro do jogo. E eu via ali todos os problemas que nós enfrentamos em termos de atribuição, testes e otimização para rodar essa campanhas”, diz.

O modelo está em testes em oito empresas, incluindo a holding de educação Cogna. “Nós estamos conversando com as empresas muito com o apelo de testes e prova de conceito”, afirma o empreendedor. Apesar disso, a previsão é de que a startup comece a ter receita a partir do próximo mês.

Pelo modelo, a maior parte do dinheiro deve vir de uma rentabilidade variável, a partir do que a Advolve consegue agregar em retorno aos investimentos publicitários dos clientes. A startup também cobra uma taxa de implementação da plataforma.

No médio prazo, a ambição da startup é avançar por outros mercados, como o americano e europeu. "Nós estamoscriando realmente um modelo aqui, do zero, para exportar isso pra todo o resto do mundo. Essa é a visão que temos", diz.

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