Negócios

Divisão da Fiat deve acelerar aliança com Chrysler

A Fiat já detém 20 por cento da Chrysler; a separação das atividades de caminhões e tratores abre caminho para a empresa ampliar sua participação na montadora

Sergio Marchionne está comandando a maior reestruturação na centenária Fiat (Alexandre Battibugli/Exame)

Sergio Marchionne está comandando a maior reestruturação na centenária Fiat (Alexandre Battibugli/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2011 às 10h38.

Milão - A Fiat deve focar em uma participação majoritária na Chrysler depois de completar nesta segunda-feira a divisão de suas atividades com automóveis das operações com caminhões e tratores.

A separação da empresa é parte fundamental do plano do presidente-executivo, Sergio Marchionne, para recuperar o maior grupo indutrial italiano com ajuda de alianças.

A Fiat já detém 20 por cento da Chrysler e a separação das atividades de caminhões e tratores, agora sob o chapéu Fiat Industrial, abre caminho para a empresa ampliar sua participação na montadora.

"Se a Chrysler for listada em bolsa este ano, deveremos pensar sobre acelerar a opção de aumento de nossa participação", disse Marchionne a jornalistas depois que as ações das novas Fiat SpA e Fiat Industrial começaram a ser negociadas na bolsa de Milão.

Marchionne, que está comandando a maior reestruturação no grupo centenário, afirmou a jornalistas que a companhia não tem planos no momento para fundir a Fiat com a Chrysler, mas que a montadora italiana considera aumentar sua participação na norte-americana para 51 por cento em 2011.

As ações da Fiat e da Fiat Industrial estavam sendo negociadas a um valor de mercado ligeiramente acima do valor anterior do grupo, de 19 bilhões de euros (25,4 bilhões de dólares).

A divisão, chamada pelo investidor John Elkann de "momento definidor da história da empresa", também deve aumentar as chances de uma fusão completa da Fiat com a Chrysler. A Fiat comprou participação na montadora norte-americana em 2009, quando a Chrysler quase entrou em colapso.

No curto prazo, a Fiat vai se concentrar em aumentar a participação na Chrysler e competir nos mercados mundiais. No longo prazo, a empresa pode gerar mais valor com operações como oferta de ações da Ferrari e venda da área de autopeças Magneti Marelli.

Como parte dos planos de Marchionne, a Fiat pode investir até 20 bilhões de euros em fábricas de veículos na Itália para melhorar sua produtividade. O executivo já conseguiu dois acordos trabalhistas com sindicatos para aumentar jornadas e limitar greves e benefícios.

Marchionne disse que os resultados da Chrysler em dezembro foram bons e que as vendas de carros da Fiat no mês passado foram um pouco melhores que a queda de 23,8 por cento em novembro.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaEmpresasEmpresas italianasFiatIndústriaIndústrias em geralInvestimentos de empresasMontadoras

Mais de Negócios

Temu: quem é a rival da Amazon nos EUA que acaba de ser autorizada a atuar no Brasil

JBS anuncia doação de 1 milhão de quilos de proteína aos desabrigados no Rio Grande do Sul

Na Prosegur, os candidatos são avaliados pela simpática Rose, a chatbot do grupo

Com tecnologia para tirar o Excel da vida de CFOs, Accountfy capta US$ 6,5 mi com HDI e Red Ventures

Mais na Exame