Disney: os investidores também esperam ouvir boas notícias sobre a fusão da Disney com a divisão de estúdios e filmes da 21st Century Fox (Joe Raedle/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2018 às 05h47.
Última atualização em 8 de maio de 2018 às 07h16.
N0 conglomerado de mídia Disney, quando um balanço trimestral é divulgado, é até difícil saber para onde olhar em busca de informações sobre a saúde financeira da empresa.
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Hoje, quando divulgar o resultado do primeiro trimestre do ano, a Disney deve apresentar tradicionais bons números no desempenho de parques e resorts, que foram responsáveis por 26% do faturamento no ano passado, bem como na divisão de filmes e cinema, que deve ter um resultado animador com o sucesso de Pantera Negra, uma bilheteria de 1,3 bilhão de dólares.
O próximo trimestre também deve ter um impulso da bilheteria: na semana passa Vingadores: Guerra Infinita se tornou o filme a mais rapidamente atingir a marca de 1 bilhão de dólares de bilheteria, ao alcançar o feito em apenas 11 dias.
Mas nem tudo são cisnes na Disney, e os patinhos feios da equação são a real preocupação dos investidores da companhia. Principalmente no que diz respeito à audiência dos canais de TV, em especial a rede esportiva ESPN, uma divisão que há muito tem preocupado acionistas.
A queda nos números da ESPN é tão grande que desde 2011 o canal não consegue atingir um pico de audiência. Este trimestre inclui a primeira apresentação dos resultados das vendas do aplicativo de conteúdo sob demanda ESPN Plus, a primeira tentativa da Disney de competir com aplicativos no modelo da rede de streaming Netflix.
Um bom desempenho do ESPN Plus, que teve um preço de assinatura bastante agressivo, na casa dos 5 dólares, pode pavimentar o caminho para o lançamento do app de streaming que a Disney planeja lançar no próximo ano para competir nesse mercado.
Os investidores também esperam ouvir boas notícias sobre a fusão da Disney com a divisão de estúdios e filmes da companhia de cinema 21st Century Fox, um negócio de 52,4 bilhões de dólares.
A aprovação da fusão está sob análise das autoridades regulatórias e em fevereiro o presidente da Disney, Bob Iger, afirmou que estava mais otimista do que nunca sobre o andamento dos trâmites. Qualquer notícia nesse fronte será bem vinda.
A Disney deve apresentar um faturamento de 14,08 bilhões de dólares no período, uma alta de 5,6% em relação ao ano anterior. Os lucros são esperados subir 12,7%, para 1,69 dólar por ação, o equivalente a 2,69 bilhões de dólares.
Se confirmados, os números podem animar um pouco as ações da companhia. A Disney acumula queda de 4,68% no ano, enquanto o índice Dow Jones caiu 1,46% em 2018.