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Diretor da Playboy pede demissão após proposta de concorrente

Companhia proprietária da revista Penthouse realizou proposta de compra pela Playboy e disputa controle da empresa com Hugh Hefner

Playboy Enterprises é disputada por fundador Hugh Hefner (foto) e FriendFinder Networks, companhia proprietária da revista Penthouse (.)

Playboy Enterprises é disputada por fundador Hugh Hefner (foto) e FriendFinder Networks, companhia proprietária da revista Penthouse (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Nova York - O diretor da Playboy Enterprises, Russell Pillar, pediu demissão após a proposta de compra da empresa pela FriendFinder Networks, a companhia proprietária da revista "Penthouse", segundo um documento apresentado pela primeira à comissão de valores mobiliários americana (SEC).

Pillar, que entrou no conselho de administração da Playboy sediado em Chicago em 2003, disse que sua saída foi efetivada ontem.

O executivo explicou que sua decisão não era resultado de divergências com a empresa, mas porque "não podia prosseguir com os compromissos que a companhia exige neste momento".

A Playboy já anunciou que não substituirá o diretor por enquanto.

A companhia recebeu uma oferta de compra da dona da concorrente "Penthouse" por US$ 210 milhões e outra de seu próprio fundador, Hugh Hefner, de US$ 185 milhões, que contaria com a participação do grupo de investimentos Rizvi Traverse Management.

Na segunda-feira, Hefner fez sua proposta e disse que sua intenção era tirar a Playboy do mercado de ações.

A companhia foi afetada por uma crescente queda da publicidade na revista "Playboy", seu carro-chefe, e por um forte aumento na concorrência dos conteúdos adultos na internet.

Hefner tem 69,5% do capital da Playboy Enterprises, mas detém apenas 27,7% dos títulos de classe B, os que dão direitos políticos.

O fundador da "Playboy" sustenta que, dada sua preocupação com a marca, a direção da revista e o legado da empresa, não tem interesse em vender ou fundir a companhia ou mesmo se desfazer de suas ações.

No entanto, a FriendFinder garante que sua oferta responde melhor aos interesses da companhia e de seus acionistas, já que "daria as bases para um futuro crescimento da marca e de seu legado".

O executivo-chefe da FriendFinder, Marc Bell, disse na quinta-feira que deseja contar com a colaboração de Hefner e de outros "gerentes fundamentais para que sejam parte integral da companhia resultante" de uma eventual fusão.

Além de ser proprietária da "Penthouse", a FriendFinder tem mais de 30 sites em 180 países.

Na abertura do mercado nova-iorquino, as ações da Playboy perdiam 0,36%, até US$ 5,50.

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