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Deutsche abre caminho para cortar 1.000 vagas, dizem fontes

O plano de corte de vagas, que precisa ser aprovado pela comissão de trabalhadores, afetará em sua maioria empregos administrativos

Deutsche Bank: como parte da reformulação anunciada em outubro de 2015, o CEO planeja eliminar 9.000 empregos (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 16h35.

Londres - O Deutsche Bank deverá fechar acordo com representantes dos trabalhadores nesta semana, abrindo caminho para que o banco alemão elimine cerca de 1.000 empregos em seu mercado doméstico como parte dos cortes de custos anunciados pelo CEO John Cryan no ano passado, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

O plano de corte de vagas, que precisa ser aprovado pela comissão de trabalhadores, afetará em sua maioria empregos administrativos, como por exemplo nos serviços de tecnologia da informação, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as negociações são confidenciais.

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Em junho, o banco com sede em Frankfurt fechou um acordo com sua comissão de trabalhadores para eliminar cerca de 3.000 empregos em tempo integral, incluindo 2.500 postos em seu negócio de clientes comerciais e privados.

Cryan, 55, tem procurado garantir aos investidores que será capaz de ampliar a rentabilidade porque as preocupações relacionadas ao aumento dos custos jurídicos levaram alguns clientes a retirar recursos e os investidores a questionar a saúde financeira do banco.

Como parte da reformulação anunciada em outubro de 2015, o CEO planeja eliminar 9.000 empregos, ou cerca de 9 por cento da mão de obra global, incluindo 4.000 postos na Alemanha.

“O Deutsche Bank tem dois desafios -- por um lado, precisa ampliar seu coeficiente de capital, e por outro, precisa mudar seu modelo de negócio e melhorar a rentabilidade”, disse Daniel Regli, analista da MainFirst.

“Para o segundo caso, uma forma é cortar custos e o aceno da comissão de trabalhadores é um pequeno passo adiante.”

Um representante do Deutsche Bank preferiu não comentar.

Recuperação das ações

Cryan tem tido dificuldade para reverter a queda das ações que eliminou quase metade do valor de mercado da empresa neste ano.

As ações do Deutsche Bank atingiram uma baixa recorde no mês passado depois que o Departamento de Justiça dos EUA exigiu US$ 14 bilhões para encerrar uma investigação sobre a venda de títulos lastreados por hipotecas residenciais, mais de duas vezes o montante que o banco havia separado para o litígio.

O CEO disse ao jornal alemão Bild na semana passada que não planeja levantar capital e descartou receber ajuda do governo.

As ações do banco se recuperaram na sexta-feira depois que a agência de notícias France Presse divulgou que a instituição estava perto de fechar um acordo de US$ 5,4 bilhões com o Departamento de Justiça dos EUA.

O montante de 1,75 bilhão de euros (US$ 2 bilhões) do banco em títulos adicionais Tier 1 de 6 por cento, os primeiros a sofrerem prejuízos em uma crise, caiu 0,4 centavos de euro, para cerca de 75 centavos, segundo dados compilados pela Bloomberg.

As notas chegaram a cair para apenas 69 centavos na semana passada. Após subirem 17 pontos-base em 26 de setembro, os swaps de crédito que garantem os títulos seniores do Deutsche Bank contra prejuízos eliminaram seu aumento inicial, caindo 24 pontos-base no restante da semana, segundo dados da CMA.

Os swaps subiam 10 pontos-base na segunda-feira, para 234, mostram os dados.

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