Negócios

Desenhista de 'Guerra nas Estrelas' ganha de George Lucas na justiça

Andrew Ainsworth foi autorizado pela corte a continuar vendendo réplicas dos soldados imperiais, personagens que ele desenhou para a série

Homem vestido com o uniforme dos soldados imperiais (Kevin Winter/Getty Images)

Homem vestido com o uniforme dos soldados imperiais (Kevin Winter/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2011 às 14h57.

Londres - A Corte Suprema britânica deu nesta quarta-feira razão ao desenhista dos uniformes dos soldados imperiais da famosa saga cinematográfica "Guerra nas Estrelas" em sua longa disputa judicial contra George Lucas.

A alta corte opinou que Andrew Ainsworth, um cidadão britânico de 62 anos que em 1977 desenhou os uniformes e capacetes brancos dos soldados do Império, poderá continuar vendendo réplicas na Europa, informou a emissora "BBC".

A Justiça estima que isso não infringe as leis de propriedade intelectual britânicas ao não se tratar de obras artísticas, no entanto, decidiu que Ainsworth não poderá exportar as réplicas para os Estados Unidos porque ali violaria a legislação vigente.

Este processo judicial começou em 2004, quando a produtora Lucasfilm apresentou nos EUA um processo de US$ 20 milhões contra o desenhista dos uniformes imperiais, decisão que em 2008 foi transferida ao Reino Unido.

Antes que o Supremo se pronunciasse nesta quarta-feira, dois tribunais de menor categoria já tinham dado a razão em 2008 e 2009 o desenhista britânico no processo apresentada por Lucasfilm.

Andrew Ainsworth vende há oito anos réplicas dos trajes brancos, que fabrica em seu estúdio de Twickenham (oeste de Londres) com os mesmos moldes e instrumentos que utilizou em 1977.

"Estou orgulhoso de ver que no sistema legal inglês Davi pode derrotar Golias", assinalou Ainsworth em comunicado em referência a sua luta contra Lucas, cuja fortuna está estimada em mais de US$ 2 bilhões.

Por sua vez, um porta-voz de Lucasfilm considerou que a decisão da justiça britânica "mantém uma anomalia", já que "trabalhos artísticos e criativos desenhados para o cinema não são protegidos no Reino Unido".

Acompanhe tudo sobre:ArteCinemaEntretenimentoEuropaJustiçaPaíses ricosReino Unido

Mais de Negócios

Os planos da Voz dos Oceanos, nova aventura da família Schurmann para livrar os mares dos plásticos

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Prof G Pod e as perspectivas provocativas de Scott Galloway

Há três meses, marca de hair care Braé lançou produtos para magazines que já são 10% das vendas

Mais na Exame