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Desastre no Japão terá impacto mínimo para a Vale

Contratos de venda para o país afetado pelo terremoto não foram cancelados. Coréia do Sul e China podem aumentar demanda de ferro

Executivo disse que houve queda no preço do minério durante a crise japonesa, mas o quadro já se estabilizou (Agência Vale)

Executivo disse que houve queda no preço do minério durante a crise japonesa, mas o quadro já se estabilizou (Agência Vale)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2011 às 14h55.

Rio de Janeiro - O impacto do recente desastre no Japão para a Vale será mínimo e poderá ser compensado pelo aumento da demanda por minério de ferro de outros países como a Coreia do Sul e a China, disse o diretor de Relações com Investidores da mineradora, Roberto Castello Branco.

Em palestra promovida pelo Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef) no Rio de Janeiro, o executivo informou que nenhum contrato de venda para o Japão foi cancelado, mas admitiu que as vendas para o país no segundo trimestre tendem a ser menores. Essa queda deve ser compensada pelo incremento na demanda por aço de outros países asiáticos que irão ajudar na reconstrução do Japão.

Castello Branco informou que o preço do minério de ferro registrou uma pequena queda após o terremoto seguido por tsunami no país, entretanto já se estabilizou. A expectativa, segundo ele, é de que a recuperação da economia japonesa comece lentamente a partir de abril e vá se acelerando dali em diante.

Em sua palestra, o executivo fez um paralelo entre o acidente atual e o de Kobe, em janeiro de 1995. A principal diferença foi a ocorrência do tsunami, que obrigou o Japão a racionar energia, o que deve tornar a retomada da economia um pouco mais leta. O diretor de RI da mineradora lembrou ainda que nos últimos dez ano o preço do minério de ferro registrou alta de 576% e que a Vale investiu no período US$ 83,6 bilhões.

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