Com fronteiras fechadas, empresas que alugam jatinhos limitam novos voos
Em busca por isolamento, setor tem visto alta na demanda, mas os pedidos são para viagens de volta para casa. Das nova viagens, boa parte foi cancelada
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2020 às 08h00.
Última atualização em 29 de março de 2020 às 08h00.
Empresas de jatos particulares têm recusado clientes ricos, pois as proibições de viagens relacionadas ao coronavírus limitam a capacidade de operação. Isso apesar do maior número de pessoas dispostas a desembolsar até 150.000 dólares para garantir uma vaga nos aviões.
As consultas para voos internacionais em jatos particulares multiplicaram por nove, disse Kanika Tekriwal, fundadora da JetSetGo, com sede em Nova Déli , já que passageiros ricos tentam escapar de focos do vírus.
Um de seus clientes, um magnata indiano, tentou reservar um jato para voar com a família de Londres para Nova Déli, mas continua preso no Reino Unido depois da suspensão repentina de viagens em um país onde faria escala, que ocorreu meia hora antes da família embarcar.
A Índia anunciou a proibição de voos da Europa e do Reino Unido, deixando o magnata preso em Londres indefinidamente.
“As regras estão mudando a cada meia hora”, disse Tekriwal em entrevista, sem identificar o magnata por causa da confidencialidade do cliente. “Ninguém sabe quem está mudando o que, alguns países de repente não estão permitindo pilotos de alguns países, alguns países não estão permitindo aeronaves de alguns países.”
Tekriwal, que supervisiona uma frota de 28 aeronaves particulares, disse que o aumento das consultas é essencialmente para voos de volta para casa, por isso não é necessariamente uma recuperação da demanda. No geral, 87% das reservas programadas com a empresa foram canceladas, disse a executiva.