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Delta Air Lines divulga resultados após efeitos da Ômicron na aviação

Companhia aérea revela balanço do último trimestre de 2021 e indica efeitos na retomada do setor

Viagens foram afetadas pelas normas mais restritivas nas últimas semanas, o que pode afetar a recuperação das companhias (Delta Air Lines/Divulgação)

Viagens foram afetadas pelas normas mais restritivas nas últimas semanas, o que pode afetar a recuperação das companhias (Delta Air Lines/Divulgação)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 06h00.

Última atualização em 13 de janeiro de 2022 às 08h52.

A Delta Air Lines divulga nesta quinta-feira, 13, os resultados do último trimestre de 2021 – período marcado pela retomada do setor aéreo e pela descoberta da variante Ômicron do novo coronavírus. Na entrevista à EXAME em dezembro, o diretor-geral para América Latina, Caribe e sul da Flórida, Luciano Macagno afirmou que ainda era cedo para falar de reflexos na demanda, mas é fato que, até agora, a mutação foi responsável pelo cancelamento de voos em todo o mundo.

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Em meio à nova onda de infecções, as empresas aéreas têm sido afetadas com funcionários de solo e tripulantes ausentes devido à doença. Também há novas preocupações em torno do sistema de saúde em todo o mundo, já que, apesar de os estudos indicarem que os sintomas da doença estejam mais leves, a maior velocidade de transmissão tem saturado os leitos de hospital. Vale lembrar que, no início deste ano, o Brasil ainda foi afetado por novos surtos de influenza (H1N1).

Tudo isso acontece logo após a Delta Air Lines voltar a lucrar no terceiro trimestre do ano passado, com aumento de 70% da receita e voos praticamente lotados para todo o início de 2022. Somente nas duas últimas semanas de dezembro, a companhia previa transportar 9 milhões de clientes em todo o mundo. Esses números estariam próximos daqueles registrados no mesmo período de 2019, antes do início da pandemia, quando foram transportados 9,3 milhões de passageiros.

Não havia uma data cravada para a recuperação do setor aéreo, mas, para Macagno, a estimativa era de que as viagens voltariam aos níveis pré-covid ao longo deste ano – com foco no turismo e retorno do tráfego corporativo –, principalmente depois do segundo trimestre. Só que a previsão esbarra em normas mais restritivas de viagens internacionais, com novos protocolos e exigências. Por enquanto, a Dela Air Lines não disse se há mudanças nas previsões para 2022.

Por outro lado, a companhia aérea vive um bom momento, com a aprovação Justiça chilena e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para parceria e codeshare com a Latam, além ações voltadas à melhoria da experiência dos clientes – como Wi-Fi grátis à bordo para mensagens, cardápios atualizados, além de soluções que permitem fazer check-in, despachar as bagagens e até passar pela segurança dos aeroporto com biometria, sem mostrar documentação.

Para evitar a disseminação do novo coronavírus, a Delta Air Lines também trabalhou em conjunto com a Transportation Security Administration (agência americana de segurança na aviação) para o desenvolvimento de materiais antimicrobianos e passou a implementar a tecnologia no aeroporto de Atlanta, hub da companhia, em superfícies de muito contato. E, em relação à sustentabilidade, a empresa anunciou investimento de 1 bilhão de dólares em “combustíveis limpos”.

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