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Defesa de Landim examina como recorrer contra Eike

Para advogado de Landim, sentença não tocou em pontos levantados por seu cliente e deixa brechas para argumentos no recurso com 'grandes chances de êxito'

Para o advogado, Landim foi "ludibriado" por Eike, já que a promessa de sociedade foi fator decisivo para Landim ingressar no grupo do bilionário (Divulgação)

Para o advogado, Landim foi "ludibriado" por Eike, já que a promessa de sociedade foi fator decisivo para Landim ingressar no grupo do bilionário (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 22h32.

Rio - A defesa de Rodolfo Landim, ex-braço direito do empresário Eike Batista, já examina como vai recorrer da sentença da Justiça do Rio de Janeiro que deu ao bilionário a vitória na primeira batalha judicial com o atual desafeto. O juiz Mauro Pereira Martins, da 4.ª Vara Empresarial do Rio, negou o pedido de Landim, que reclamava na Justiça indenização referente a 1% do valor das ações da holding do Grupo EBX, cerca de US$ 300 milhões.

O advogado de Landim, Sergio Tostes, afirmou que vai recorrer da decisão, que considerou "contraditória". Para ele, a sentença concisa não tocou em vários pontos levantados por seu cliente e deixa brechas para vários argumentos no recurso com "grandes chances de êxito".

Tostes refutou a tese de "devaneio" atribuída a Eike por seu advogado e negou que a promessa de sociedade feita a Landim tenha sido feita no verso de um cardápio de avião, como argumentou a defesa do empresário.

"Foi um compromisso sério firmado entre os dois numa folha de papel. E por ser escrito tem ainda mais valor. Se considerarmos um devaneio, então o Eike é uma pessoa que escreve coisas sem seriedade. Não é para ser levado a sério", afirmou.

Para o advogado, Landim foi "ludibriado" por Eike, já que a promessa de sociedade foi fator decisivo para Landim ingressar no grupo do bilionário levando consigo o que seu cliente considera o seu maior capital: o conhecimento técnico sobre a exploração de petróleo e gás adquirido nos anos de carreira na Petrobrás. A falsa promessa, argumentou, teria sido usada de má-fé por Eike para motivar o executivo a trazer mais resultados para o grupo de Eike.

Por isso, disse o advogado, Landim buscou a Justiça, mesmo tendo recebido mais de R$ 200 milhões como executivo do grupo EBX. "São coisas inteiramente distintas. Ele recebeu pelo seu trabalho. Aquilo era um contrato de propriedade que propiciou a ida do Landim para a OGX, que não seria o que é hoje sem ele."

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