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Decisão de Eike Batista prejudica ALL e favorece Santos Brasil

LLX, empresa de logística do bilionário, suspendeu na semana passada a construção de porto gigante em Peruíbe

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2012 às 18h01.

A suspensão dos investimentos da empresa de logística LLX, de Eike Batista, na construção do Porto Brasil, em Peruíbe (SP), terá impacto negativo para a gigante do setor de ferrovias ALL, mas deve favorecer o terminal de contêineres Santos Brasil, do banqueiro Daniel Dantas. A ALL participava indiretamente do projeto Porto Brasil como uma parceira potencial de grande importância, já que possui uma malha ferroviária capaz de transportar cargas para a cidade de Peruíbe. Segundo a corretora paulista SLW, o mercado via o projeto de 1,9 bilhão de dólares da LLX como uma grande fonte de geração de valor para a ALL a partir de 2012, quando começaria a operar.

Já para a Santos Brasil, a notícia é favorável, pois afasta a entrada de um forte concorrente caso seja assinado pelo presidente Lula o novo regime de concessões de portos. Segundo as expectativas do mercado, o novo modelo regulatório deve desobrigar os portos privados de contratar mão-de-obra avulsa, o que deverá lhes conferir condições de operar com recursos mais modernos, eficientes e de menor custo que os atuais concorrentes. Por esse motivo, havia a expectativa que parte da carga transportada em Santos passasse para Peruíbe.

Na última sexta-feira, a LLX informou a suspensão da construção do Porto Brasil para concentrar esforços na construção do porto de Açu e no desenvolvimento do porto do Sudeste, ambos em fase bem mais avançada e com início das operações previsto para 2010 e 2011, respectivamente. A principal fonte de financiamento informada pela empresa para esses projetos será o BNDES, que já aprovou formalmente um financiamento de R$1,3 bilhão com custo de TJLP mais 2,8%. A direção da companhia também afirma que o aumento de capital para levantar o restante dos recursos para esses empreendimentos será feito até o final de 2008 e que uma das possibilidades levantadas é o aumento de participação dos controladores, Eike Batista e o Fundo de Pensão dos Professores de Ontário, caso os acionistas minoritários não acompanhem o aumento de capital.

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