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Daiso Brasil quer abrir 10 lojas por ano no país até 2020

Empresa chegou ao Brasil em 2012 e mais recentemente tem visto a crise econômica do país como incentivo de crescimento

Daiso: aposta no Brasil acompanha o forte avanço das vendas desde a inauguração da primeira loja no país em 2012 (Germano Luders/Exame)

Daiso: aposta no Brasil acompanha o forte avanço das vendas desde a inauguração da primeira loja no país em 2012 (Germano Luders/Exame)

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Reuters

Publicado em 3 de abril de 2017 às 10h59.

Última atualização em 3 de abril de 2017 às 15h29.

São Paulo - Um ambicioso plano de abertura de lojas físicas próprias marca a estratégia da varejista japonesa de variedades Daiso no Brasil nos próximos anos, com o comércio eletrônico também ganhando espaço na expansão da companhia no país.

A empresa chegou ao Brasil em 2012 e mais recentemente tem visto a crise econômica do país como incentivo de crescimento.

A Daiso tem à venda em suas prateleiras desde itens de cozinha e decoração a iscas para pesca, maquiagem e alimentos, a preços na sua maioria abaixo de dois dígitos.

"O momento da crise nos beneficiou... nosso projeto é abrir 10 lojas por ano até 2020", disse o gerente-geral da Daiso Japan Brasil, Reginaldo Gonçalves Paulista. "Quando chegar a 50 podemos desacelerar o ritmo", acrescentou o executivo. No mundo, a Daiso tem 4,5 mil lojas, sendo a grande maioria no Japão.

A aposta no Brasil acompanha o forte avanço das vendas desde a inauguração da primeira loja no país em 2012, na região central da cidade de São Paulo. Naquele primeiro ano, as vendas somaram 1 milhão de reais.

Em 2016, as vendas totalizaram 100 milhões de reais, com a Daiso encerrando o ano com 13 lojas próprias, além de nove espaços de revenda em parceria com os supermercados Hirota, concentrados na capital e interior de São Paulo. Segundo Paulista, em média, são vendidos cerca de 150 mil itens por mês em cada uma das lojas da rede no país.

O desempenho coloca a unidade brasileira na oitava posição em termos de receita entre os 28 países em que a Daiso opera atrás apenas do próprio Japão, Estados Unidos, Taiwan, Cingapura, Austrália, China e Tailândia.

Para 2017, quando a rede prevê a abertura de 10 lojas próprias, a expectativa é de que as vendas alcancem entre 160 milhões e 200 milhões de reais.

Os investimentos têm acompanhado o crescimento das vendas. Após um aporte total de 20 milhões de reais nos primeiros anos da rede no país, a Daiso prevê investir 15 milhões de reais só em 2017.

A primeira loja de 2017 já foi inaugurada e é um passo inicial na intenção da Daiso de aumentar a atenção para um público com renda maior --a loja foi aberta no shopping de alto padrão Cidade Jardim, na semana passada.

Ainda em 2017, também já estão certas aberturas de lojas no Shopping Jardim Sul e Shoppping Metrô Itaquera, na cidade de São Paulo, e Parque Shopping Maia, em Guarulhos (SP), de acordo com Paulista.

O executivo afirma que até o final de 2018 a rede também deve estar presente no Paraná, na capital Curitiba e na cidade de Londrina, com quatro unidades. Ele explicou que a escolha reflete demanda dos consumidores e questões logísticas --fica perto de São Paulo, onde está o centro de distribuição da rede.

O Rio de Janeiro também está nos planos da Daiso, mas o gerente-geral preferiu não estimar um prazo sobre o início das operações.

Varejo Online

A Daiso no Brasil também quer ampliar o atendimento em sua plataforma de vendas pela internet, que passou a funcionar no ano passado e no momento oferece 800 produtos --contra 3.500 disponíveis em lojas físicas da rede-- e entrega apenas no Estado de São Paulo.

O desenvolvimento da área de comércio eletrônico em meio a uma equipe administrativa enxuta afetou inclusive o ritmo de aberturas de lojas da Daiso no ano passado --foram inauguradas quatro unidades contra meta inicial de seis pontos de venda.

"O comércio eletrônico já está funcionando, mas ainda estamos fazendo alguns ajustes finais", afirmou o executivo, que não descarta ampliar as entregas para outras regiões, começando pela região Sudeste a partir de 2018 ou 2019. "A expansão depende de como funcionar nesse primeiro momento."

Ele afirmou que a expectativa inicial é que a venda no comércio eletrônico alcance ao redor de 1,5 milhão de reais em 2017.

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