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CVM manda Petrobras refazer balanços de 2013 a 2015

CVM quer que petroleira contemple o estorno de efeitos contábeis do hedge feito pela empresa

Petrobras: estatal afirmou que pode recorrer da decisão e que zelar pelos próprios interesses (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

Petrobras: estatal afirmou que pode recorrer da decisão e que zelar pelos próprios interesses (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 8 de março de 2017 às 07h45.

São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que a Petrobras refaça e reapresente as demonstrações financeiras anuais completas de 2013, 2014 e 2015, a fim de contemplar estornos de efeitos contábeis decorrentes da prática de contabilidade de hedge, informou a estatal em fato relevante divulgado na noite de terça-feira.

No documento, a estatal esclarece que pode recorrer da decisão e que tomará as medidas necessárias para defesa de seus interesses.

A Petrobras ainda reitera que "as demonstrações financeiras da companhia relativas aos anos de 2013, 2014 e 2015 estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como com as normas internacionais de contabilidade (IFRS) e foram auditadas por auditor independente".

Em maio de 2013, a Petrobras passou a aplicar às exportações um mecanismo conhecido como contabilidade de hedge, a fim de minimizar o impacto de oscilações cambiais em seu resultado financeiro.

Com a prática, ganhos ou perdas oriundos das dívidas em dólares norte-americanos, provocados por variações cambiais, somente afetarão o resultado da empresa na medida em que as exportações forem realizadas.

A CVM abriu investigação para analisar o uso da contabilidade de hedge pela estatal em abril do ano passado.

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