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CVM aprova acordo com Bradesco, Robert Van Dijk e Denise Pavarina

O objetivo é encerrar sem julgamento um processo no qual eram acusados de violar obrigações enquanto administradores de fundos de investimento

Bradesco: eles foram acusados de manterem a taxa de administração fundo de investimento em patamar incompatível com seus objetivos (./Getty Images)

Bradesco: eles foram acusados de manterem a taxa de administração fundo de investimento em patamar incompatível com seus objetivos (./Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de julho de 2017 às 22h11.

Rio - O Bradesco, sua diretora-executiva Denise Pavarina e o ex-diretor da Bradesco Asset Management (Bram) Robert Van Dijk fecharam um acordo de R$ 1,5 milhão com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O objetivo é encerrar sem julgamento e assunção de culpa um processo administrativo sancionador no qual eram acusados de violar obrigações enquanto administradores de fundos de investimento, como revelou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, em janeiro.

Atualmente executivo do Votorantim, Van Dijk já esteve à frente da Bram, de onde saiu em 2010. Em abril do ano passado ele assumiu a presidência da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), justamente no lugar de Denise Pavarina, que esteve à frente da associação de 2012 a 2016.

Os dois executivos e o Bradesco foram acusados pela Superintendência de Relações com Investidores Institucionais da CVM de manterem a taxa de administração do Bradesco Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Curto Prazo Fácil em patamar incompatível com os objetivos de investimento, inviabilizando que a rentabilidade do fundo se aproximasse aos objetivos previstos em seu regulamento.

Segundo a área técnica suas práticas teriam ferido a relação fiduciária existente entre administrador e gestor e os cotistas.

Os acusados apresentaram inicialmente uma proposta conjunta de termo de compromisso no valor de R$ 450 mil.

No entanto, com a identificação de um outro processo administrativo sancionador com acusação similar, a proposta foi elevada para um total de R$ 1,5 milhão - R$ 1,1 milhão do Bradesco e R$ 200 mil para cada diretor.

O diretor relator do caso Henrique Machado considerou a proposta oportuna e conveniente, por ser adequada para surtir efeito paradigmático junto ao mercado, desestimulando a prática de condutas desta natureza. O voto de Machado foi seguido pelo colegiado, que aprovou o acordo.

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