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CVC entra de vez no setor de viagens corporativas

A companhia anunciou a compra do controle de um dos grupos líderes neste segmento, o Duotur, por R$ 228 milhões


	CVC: empresa avaliou o grupo todo em R$ 447 milhões
 (Divulgação)

CVC: empresa avaliou o grupo todo em R$ 447 milhões (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 09h55.

São Paulo - Depois de mais de 40 anos de atuação exclusiva no setor de viagens de turismo, a CVC vai entrar agora de vez na disputa pelo viajante corporativo.

Na quinta-feira, 18, a companhia - que tem o fundo de private equity americano Carlyle entre seus sócios - anunciou a compra do controle de um dos grupos líderes neste segmento, o Duotur, por R$ 228 milhões.

O negócio, que avaliou os ativos da Duotur - proprietário das marcas Rextour, Advance e Reserva Fácil Tecnologia - em R$ 447 milhões, prevê que a CVC, maior agência de turismo do País, possa ficar com a totalidade das ações.

Entre os principais rivais da Duotur estão a Flytour e a Carson Wagonlift Travel (CWT).

Hoje, além de atender a rede própria de lojas, com mais de 700 unidades ao redor do País, o sistema de reservas da CVC também "alimenta" os pacotes de 6,5 mil pequenas agências independentes no País.

As marcas da Duotur também trabalham com os agentes independentes, mas focadas no setor de viagens corporativas.

O grupo Duotur é relativamente recente e nasceu da união da Rextur e da Advance, em 2012. As conversas para a aquisição do grupo Duotur começaram ainda no primeiro semestre de 2014 e levaram cerca de seis meses para serem concretizadas.

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a meta da CVC é ampliar o escopo das empresas que adquiriu. Atualmente, a Rextur e a Advance são mais fortes no setor de passagens, mas a ideia é ganhar relevância também em hotéis.

O volume de reservas de passagens áreas da Rextur e da Advance somou R$ 3 bilhões no ano passado. O principal executivo e diretor-presidente do Duotur, Marcelo Sanovicz, vai permanecer no cargo, de acordo com a CVC.

Avaliação

Ao avaliar o grupo todo em R$ 447 milhões, o preço a ser pago pela CVC considera um múltiplo em relação ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 5,6 vezes e 8,5 vezes sobre o lucro.

Segundo comunicado divulgado na quinta-feira, 18, o preço de aquisição está sujeito a um ajuste parcial com base no Ebitda efetivo para o ano de 2014 e dos 12 meses anteriores ao fechamento da transação.

O preço será pago em uma parcela de R$ 54 milhões na data do fechamento, e o saldo remanescente será pago em seis parcelas iguais, sucessivas e anuais de R$ 29 milhões, corrigidas pela variação do CDI.

O fechamento do negócio depende da aprovação da transação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Em relação à aquisição dos 49% restantes do grupo Duotur, o fato relevante da CVC informa que a opção poderá ser exercida entre 2015 e 2017.

O contrato também prevê uma opção de venda, condicionada a metas financeiras, a ser exercida a partir de 2018. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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