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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Nova York - O custo para assegurar uma eventual suspensão de pagamentos por parte da petroleira britânica BP alcançou seu nível mais alto nesta quarta-feira, enquanto o grupo enfrenta uma severa onda de críticas nos Estados Unidos.
O custo de seu CDS ("credit default swap") a cinco anos, contrato de seguro para o caso de a empresa declarar quebra neste prazo, subiu para 625,3 pontos (ou 6,253% do montante da dívida em questão), na metade do dia desta quarta-feira, segundo dados transmitidos pela empresa especializada em informação de crédito CMADataVision, contra 506,1 pontos básicos na terça-feira.
Em 22 de abril, dia em que a plataforma petroleira que o grupo explorava afundou no Golfo do México, havia terminado em 42,7 pontos básicos.
Como consequência, para um investidor, proteger-se do default da dívida da BP custava cerca de 20% mais caro na quarta-feira do que na véspera e cerca de 14 vezes mais do que dois meses atrás.
O presidente Barack Obama recebeu nesta quarta-feira, na Casa Branca, os diretores da petroleira para falar do desastre ambiental que a empresa provocou no Golfo do México, um dia depois de ter prometido fazê-la pagar pelos danos causados por sua "falta de escrúpulos".
Na véspera, as autoridades revisaram para cima o nível de contaminação, estimando que até 60.000 barris de petróleo são derramados diariamente no mar, um cálculo 50% superior ao da anterior estimativa "alta".