Carlos Ghosn, presidente da Renault, renunciou ao bônus
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2011 às 18h21.
Paris - O presidente da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, anunciou nesta segunda-feira que ele e o diretor-geral, Patrick Pélata, devolverão seus bônus de 2010 e o lucro por "stock-options" do ano de 2011 após o escândalo da suposta espionagem que acabou se tornando uma suposta fraude.
Assim comunicou em um conselho de administração extraordinário, que admitiu que renunciará o bônus de 1,6 milhão de euros.
Ghosn anunciou que não aceitou a demissão do 'número dois' do grupo, Patrick Pelata, pela mesma razão de espionagem, após transferir ao conselho os primeiros resultados da investigação realizada pela procuradoria a partir das provas coletadas pelos serviços de inteligência.
O presidente da fabricante francesa propôs também a readmissão dos três diretores demitidos inicialmente perante as suspeitas que tivessem vazado à China informações sobre o programa do veículo elétrico da Renault.
Em entrevista na emissora privada "TF1", Ghosn disse que o grupo está disposto a readmiti-los como faz questão de oficializar desculpas e indenizá-los.
Nos últimos dias, a Polícia deteve e interrogou três responsáveis de segurança da Renault, um dos quais foi detido em um aeroporto de Paris antes de tomar um voo com destino à Guiné.