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CSN recebeu 10 propostas por terminal de contêineres

Abalada pela queda na demanda de aço e minério de ferro, a CSN busca vender seus ativos para reduzir sua pesada dívida junto a bancos, de 32 bilhões de reais


	Sepetiba: Tecon, terminal de contêineres: a CSN busca vender ativos para reduzir dívida de 32 bilhões de reais
 (Thinkstock)

Sepetiba: Tecon, terminal de contêineres: a CSN busca vender ativos para reduzir dívida de 32 bilhões de reais (Thinkstock)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 09h35.

São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) já recebeu 10 propostas para a compra do Sepetiba Tecon. O terminal de contêineres no Rio de Janeiro foi colocado à venda em agosto.

Segundo o Valor Econômico, já fizeram propostas as companhias de operação portuária PSA, de Cingapura, SAAM, do Chile, Wilson Sons e LOGZ. O ativo foi avaliado em cerca de até 1 bilhão de reais.

A empresa brasileira deverá escolher as três melhores propostas para que as companhias possam fazer os ajustes necessários, o que deve acontecer até o início de fevereiro, afirmou o jornal.

Abalada pela queda na demanda de aço e minério de ferro, a CSN busca vender seus ativos para reduzir sua pesada dívida junto a bancos, de 32 bilhões de reais.

Com atuação em cinco áreas (siderurgia, mineração, cimento, logística e energia), ela busca se desfazer de negócios considerados não estratégicos.

Preços baixos e demanda fraca

Desde o ano passado, a siderúrgica passa por dificuldades. O prejuízo do terceiro trimestre de 2015, último resultado divulgado, foi de 532,6 milhões de reais, mais que o dobro do resultado negativo sofrido no mesmo período do ano passado.

O principal motivo é a baixa demanda por aço e minério de ferro, afetada pela crise nas indústrias automotiva e de construção civil, além da maior concorrência com siderúrgicas chinesas.

Além disso, o excesso da oferta levou à queda nos preços. Assim, a CSN poderá ser levada a reduzir a sua capacidade de produção.

A empresa tem planos de interromper a produção do alto-forno 2, na usina em Volta Redonda. Essa decisão pode resultar na demissão de 3 mil trabalhadores diretos e 2 mil indiretos, o que tem gerado discussões com o sindicato, ainda sem acordo.

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