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Credores aprovam proposta de venda da Varig

Plano prevê a venda da parte operacional da companhia, que inclui rotas nacionais e internacionais, por pelo menos 860 milhões de dólares

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

A assembléia de credores da Varig aprovou, nesta terça-feira (9/5), a proposta de venda da companhia aérea elaborada pela consultoria Alvarez & Marsal, que assessora o processo de recuperação judicial da empresa. O plano prevê a realização de um leilão em 60 dias, no qual serão realizadas duas tentativas de vender a companhia.

Na primeira tentativa, a Varig será desmembrada em duas. A parte operacional ficaria com as rotas nacionais e internacionais da empresa, além de uma frota de 46 aviões. A parte comercial da empresa herdaria as dívidas, estimadas em 7 bilhões de reais, e seria transformada numa prestadora de serviços para a Varig operacional, dedicando-se à venda de passagens e aos serviços aeroportuários. Em contrapartida, a Varig comercial também herdaria o acerto de contas entre o que a empresa deve ao governo e o que reivindica como perdas decorrentes do congelamento de tarifas aéreas entre os anos 80 e 90. Estima-se que tanto o montante devido ao governo, quanto as perdas pleiteadas sejam da ordem de 4,5 bilhões de reais.

Inicialmente, o leilão tentará vender a Varig operacional por um preço mínimo de 860 milhões de dólares. A parte comercial seria leiloada em outra data. De acordo com a proposta aprovada hoje, se as ofertas pela parte operacional não atingirem o preço mínimo, será realizada uma segunda tentativa de vender os ativos da companhia, no mesmo dia.

Essa segunda tentativa envolveria o desmembramento da Varig em operações domésticas e internacionais. Chamada de Varig Regional, a parte responsável pelas rotas nacionais não herdaria nenhuma dívida e seria oferecida no leilão por um preço mínimo de 700 milhões de dólares. Já a parte internacional arcaria com as dívidas e seria leiloada posteriormente.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pelo menos 27 companhias aéreas estariam qualificadas para participar do leilão. Empresas internacionais também poderiam disputar os ativos, desde que integrassem consórcios que respeitassem as leis brasileiras - isto é, os estrangeiros não poderiam deter mais de 20% da empresa.

Nas duas modalidades de venda, o plano conta com um financiamento de 100 milhões de dólares liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para sustentar as operações da Varig até o leilão e, ainda, apoiar um eventual comprador.

"Hoje demos um grande presente à Varig e a nós mesmos", afirmou o presidente da aérea, Marcelo Bottini. A proposta foi aprovada por 98,73% dos votos válidos dos trabalhadores, que formam a classe 1 de credores, e por 100% dos votos das demais classes de credores. Segundo Bottini, o resultado mostra que "a Varig unida jamais será vencida".

Com informações da Agência Brasil.

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