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CPMI da JBS aprova pedidos de informações sobre o BNDES

Os parlamentares querem informações sobre todos os empréstimos do banco para o grupo J&F, holding que controla a JBS

BNDES: foi marcada para terça a oitiva do ex-presidente do banco Luciano Coutinho (Pilar Olivares/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 18h40.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a JBS (CPMI da JBS) aprovou hoje (26) uma série de requerimentos para quebras de sigilos e pedidos de informações sobre a empresa.

Os principais são relacionados às operações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ).

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Os parlamentares querem informações sobre todos os empréstimos do banco para o grupo J&F, holding que controla a JBS.

Querem também que o BNDES forneça informações detalhadas de todas as outras transações financeiras com a empresa no período entre 2007 e 2016.

Ainda com foco na relação da JBS com o BNDES, o presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), marcou para a próxima terça-feira (3) a oitiva do ex-presidente do banco Luciano Coutinho.

Os membros da CPMI também aprovaram a quebra dos sigilos telefônico, de email e bancário do ex-procurador Marcelo Miller, que deixou o Ministério Público para atuar como advogado e participou da negociação para a delação premiada de Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos da J&F.

Há suspeitas de tráfico de influência por parte de Miller e de que ele tenha utilizado informações privilegiadas na defesa dos dois executivos.

As ligações de Joesley Batista e Saud em 2015 também vão ser esmiuçadas pela comissão e a oitiva do advogado dos dois Willer Tomaz foi marcada para a próxima quarta-feira (4).

No mesmo dia, a CPMI também deverá ouvir o procurador Ângelo Goulart Vilela, que atuou na força tarefa da Operação Greenfeld e sobre o qual também pesa acusação de ter sido corrompido pelos executivos da JBS.

O objetivo da CPMI é investigar a relação da JBS com o BNDES e as suspeitas de irregularidades envolvendo o acordo de delação premiada firmado pelos executivos da empresa com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

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