CPFL vê ajuda da CDE como receita para distribuidoras
Segundo presidente da companhia, a tendência é que recursos não sejam vistos como empréstimo mas como receita para a companhia
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2013 às 13h39.
São Paulo - A CPFL Energia considera que os recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) a serem recebidos pelas distribuidoras para reduzir a exposição relacionada à geração termelétrica serão contabilizados como receita, segundo afirmou o presidente da empresa nesta quinta-feira.
"A tendência é que não seja visto como empréstimo mas como receita para a companhia", disse o presidente, Wilson Ferreira Jr., em teleconferência com analistas.
O governo publicou no Diário Oficial da União da última sexta-feira decreto que autoriza o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir os custos adicionais das distribuidoras de eletricidade com a compra de energia das usinas termelétricas. Mas o tema ainda não está regulamentado e agentes do setor têm apresentado dúvidas sobre se a operação poderia ser um empréstimo.
"O assunto ainda não está regulamentado. Já estivemos na Aneel...estamos trabalhando para que seja contabilizado como ingresso e não como dívida", acrescentou Ferreira Jr.
Os gastos das distribuidoras de energia do grupo CPFL relacionados ao atual cenário de geração termelétrica adicional, somam 266 milhões de reais. Desse total, o presidente considera que ao menos cerca de 100 milhões de reais serão cobertos pela CDE.
Desses 100 milhões de reais, 27 milhões de reais são gastos por subcontratação de energia diante da não adesão de algumas geradoras à renovação das concessões. Outros 36 milhões de reais são relacionados ao risco hidrológico referente às quotas de energia renovadas pela Medida Provisória 579. E 38 milhões de reais são pelo pagamento do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que financia o pagamento da geração termelétrica adicional.
Ainda sobram cerca de 164 milhões de reais do déficit das distribuidoras do grupo, relacionados aos contratos de energia por disponibilidades (CCEARs) que estão sujeitos à variação do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).
"Os CCEARs, uma parte deles pode ser assumida", avalia Ferreira Jr.
O executivo do grupo CPFL Energia --líder no mercado de distribuição de energia do país, com 13 por cento de participação-- disse que vê melhora nos resultados da companhia e oportunidades futuras.
Segundo ele, as medidas de renovação das concessões do setor elétrico, com redução nas tarifas de energia, não têm impacto na remuneração das distribuidoras.
O executivo disse ainda que o risco de racionamento em 2013 é zero, ao mencionar dados da consultoria PSR.
A CPFL continuará a ser ativa em fusões e aquisições, avaliando oportunidades nos segmentos de geração, distribuição e comercialização, segundo o executivo.
São Paulo - A CPFL Energia considera que os recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) a serem recebidos pelas distribuidoras para reduzir a exposição relacionada à geração termelétrica serão contabilizados como receita, segundo afirmou o presidente da empresa nesta quinta-feira.
"A tendência é que não seja visto como empréstimo mas como receita para a companhia", disse o presidente, Wilson Ferreira Jr., em teleconferência com analistas.
O governo publicou no Diário Oficial da União da última sexta-feira decreto que autoriza o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir os custos adicionais das distribuidoras de eletricidade com a compra de energia das usinas termelétricas. Mas o tema ainda não está regulamentado e agentes do setor têm apresentado dúvidas sobre se a operação poderia ser um empréstimo.
"O assunto ainda não está regulamentado. Já estivemos na Aneel...estamos trabalhando para que seja contabilizado como ingresso e não como dívida", acrescentou Ferreira Jr.
Os gastos das distribuidoras de energia do grupo CPFL relacionados ao atual cenário de geração termelétrica adicional, somam 266 milhões de reais. Desse total, o presidente considera que ao menos cerca de 100 milhões de reais serão cobertos pela CDE.
Desses 100 milhões de reais, 27 milhões de reais são gastos por subcontratação de energia diante da não adesão de algumas geradoras à renovação das concessões. Outros 36 milhões de reais são relacionados ao risco hidrológico referente às quotas de energia renovadas pela Medida Provisória 579. E 38 milhões de reais são pelo pagamento do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que financia o pagamento da geração termelétrica adicional.
Ainda sobram cerca de 164 milhões de reais do déficit das distribuidoras do grupo, relacionados aos contratos de energia por disponibilidades (CCEARs) que estão sujeitos à variação do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).
"Os CCEARs, uma parte deles pode ser assumida", avalia Ferreira Jr.
O executivo do grupo CPFL Energia --líder no mercado de distribuição de energia do país, com 13 por cento de participação-- disse que vê melhora nos resultados da companhia e oportunidades futuras.
Segundo ele, as medidas de renovação das concessões do setor elétrico, com redução nas tarifas de energia, não têm impacto na remuneração das distribuidoras.
O executivo disse ainda que o risco de racionamento em 2013 é zero, ao mencionar dados da consultoria PSR.
A CPFL continuará a ser ativa em fusões e aquisições, avaliando oportunidades nos segmentos de geração, distribuição e comercialização, segundo o executivo.