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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Por Gerusa Marques
Brasília - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que a posse da rede ótica da Eletronet, conferida ao governo pela Justiça do Rio de Janeiro, permite que sejam feitos investimentos para revitalizar essas redes e colocá-las em funcionamento. "O governo está de posse e estando de posse ele tem segurança para investir. Porque adianta ter essas linhas e não poder investir nelas?", disse o ministro depois de participar de audiência pública no Senado.Segundo ele, os técnicos do governo, incluindo os do Ministério das Comunicações, passam a trabalhar a partir de hoje na elaboração do Plano Nacional de Banda Larga, já com a perspectiva de se utilizar plenamente as redes da Eletronet.
A Eletronet é uma empresa de comunicação de dados que está em processo de falência e que tem a Eletrobrás como acionista. Ao todo, a empresa possui 16 mil quilômetros de fibras, ligando o Rio Grande do Sul ao Ceará, passando pelo Leste do País e parte do Centro-Oeste.
Ele confirmou o pedido feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja apresentada, entre os dias 15 e 20 de janeiro de 2010, uma proposta sobre o plano de banda larga que inclua a Eletronet. "Mas isso vai depender da maneira como os nossos técnicos vão poder trabalhar nesse período do fim de ano", afirmou.
A ideia do governo é de usar a Eletronet e outras redes de estatais, como a Petrobras e Eletrobrás, para fazer a transmissão de dados. Também há estudos sobre a possibilidade de o governo oferecer os serviços ao consumidor final. Para isso, teria que fazer investimentos para ligar esta rede principal às cidades e às casas dos clientes. Este custo adicional está sendo levantado por técnicos do governo, mas ainda não há uma conclusão.
Costa se recusou a falar na audiência pública do Senado sobre a possibilidade de a estatal da banda larga ser administrada pela Telebrás, como vem sendo estudado pelo governo. "Não sei que participação a empresa vai ter e não quero fazer declarações sobre isso para não aumentar ainda mais a especulação sobre o tema", afirmou.