A Light apresentou nesta semana seu planejamento estratégico de longo prazo, com um programa mais agressivo de redução de perdas e despesas nos próximos três anos, conforme destacou a corretora SLW. Segundo sua análise, o plano deve ser bem aceito pelos investidores, o que torna as ações atrativas.

"A estratégia que será adotada para a redução efetiva de custos, para a recuperação de parte das perdas e aumento da base de remuneração, através dos novos investimentos nos pareceu viável e também foi bem aceita pelos investidores presentes na reunião", afirmou.

Os analistas destacaram ainda que a estratégia que a empresa adotou desde a posse de seu novo controlador foi bem sucedida até o momento, com redução dos custos e reestruturação da dívida que resultou em um menor endividamento líquido ao fim de 2008. Como conseqüência, a rentabilidade das operações foi otimizada, aumentando os dividendos distribuídos.

Uma das provas de tais melhorias, na visão da equipe, é a cotação mais alta dos papéis da Light, que viu suas ações se valorizarem 95% desde agosto 2006, se descolando da alta mais modesta de 2% do Ibovespa durante o mesmo período.

Mais avanço nos preços dos ativos é esperado pela SLW, uma vez que ela acredita que as cotações refletirão positivamente a exposição dos planos da empresa para os próximos três anos. Isso porque a redução de perdas somada ao aumento esperado no consumo e à redução de custos devem permitir um crescimento do Ebitda (lucro antes de impostos e amortizações) para próximo a 2,3 bilhões de reais em 2012.

Outro fator que torna os papéis atrativos, segundo os analistas, é o fato de que a Light está se caracterizando como uma forte pagadora de dividendos. O único fator preocupante acerca da companhia é a falta de liquidez das ações.

O BNDESPar já analisou a venda de parte de suas ações na empresa, mas desistiu. Há exepctativa no mercado que a oferta acabe acontecendo em um momento mais favorável. Em um primeiro momento, isso poderia ser negativo para as ações da Light devido ao aumento da oferta. No entanto, no médio prazo, a empresa teria ações mais líquidas – e, portanto, mais atraentes para grandes investidores.