Correios fecha com BB novo acordo para banco Postal
"É estimado que adotando esse modelo o BB pague inicialmente aos Correios aproximadamente R$ 24 milhões no primeiro mês", informa o BB
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 21h24.
São Paulo - O Banco do Brasil firmou novo acordo com os Correios para continuar explorando a rede do banco Postal, conforme informou nesta segunda-feira, 5, em fato relevante ao mercado.
A validade do contrato é de até 36 meses e também foi definido um novo modelo de remuneração, baseado numa parte fixa, de R$ 5 milhões, e outra variável que dependerá da performance do negócio e do volume de serviços prestados.
"É estimado que adotando esse modelo o BB pague inicialmente aos Correios aproximadamente R$ 24 milhões no primeiro mês, valor que poderá variar de acordo com a produtividade da rede do Banco Postal", informa o BB, em documento assinado pelo vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do banco, José Maurício Pereira Coelho.
A assinatura do novo acordo para o BB continuar explorando a rede do Postal ocorre após o fracasso do leilão realizado pelos Correios, no mês passado, que não teve um lance sequer.
Somente Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco, sendo esse no último dia para a realização das ofertas, conforme antecipou a Coluna do Broad, solicitaram o edital.
Depois do fracasso, os Correios procuraram os três bancos para ouvir sugestões e críticas em relação ao processo que terminou sem propostas.
A principal queixa das instituições financeiras pela baixa atratividade do Postal era o preço exigido para ter acesso ao balcão: R$ 600 milhões iniciais e outros R$ 600 milhões no início do sexto ano da operação, fora o gasto bilionário com taxas e comissões.
Os bancos também reclamavam de cláusulas que engessam o negócio, já bem menos atrativo em meio ao avanço dos canais digitais.
O presidente do BB, Paulo Caffarelli, já havia afirmado, em coletiva de imprensa, que o banco tinha interesse em manter parceria com os Correios caso as condições do acordo e o preço fossem alterados. Antes de abrir o canal para o mercado, BB e Correios tentaram uma renovação antecipada, mas não haviam chegado num consenso.