Coca-Cola: com embalagens menores, ela consegue cobrar mais por menos refrigerante e ter margens mais saudáveis (Justin Sullivan/AFP)
Karin Salomão
Publicado em 19 de novembro de 2015 às 13h47.
São Paulo - Cada vez mais, pessoas buscam um estilo de vida mais saudável, consumindo menos produtos industrializados e menos açúcar. A Coca-Cola percebeu isso e, ao invés de se preocupar, desenvolveu uma maneira de lucrar com a mudança de consumo.
Para beber menos refrigerante, o consumidor está optando por embalagens reduzidas, disposto a pagar mais por isso. Apostando no “marketing em tamanhos menores”, a Coca-Cola consegue cobrar mais por menos e ter margens mais saudáveis.
O presidente da empresa na América do Norte, Sandy Douglas, afirmou que, embora o volume de refrigerante comercializado esteja diminuindo, a quantidade de produtos vendidos está crescendo.
Em 2015, o faturamento com os carros-chefe, como galões, caiu 2%. No entanto, as vendas de latas e garrafas pequenas aumentou 15%.
“Não há razão para acreditar que a categoria de refrigerantes não irá continuamente aumentar suas vendas”, disse ele na conferência Morgan Stanley Global Consumer & Retail.
Por décadas, os tamanhos maiores de embalagens representaram 90% de todas as vendas, disse o executivo.
“Na década de 1990, as embalagens eram todas imensas, e eram tediosas e o consumidor as rejeitou”, disse Douglas. “Essa é a forma que estamos reinventando a bebida não-alcóolica e pronta para beber mais antiga nos Estados Unidos”.
De acordo com ele, as garrafas e latas menores estão ganhando mais adeptos entre consumidores de classes sociais mais altas, especialmente mães que querem agradar os seus filhos sem prejudicar sua saúde.