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Construtora Norberto Odebrecht lucra R$ 1,8 bilhão

O resultado ficou 6,7% acima do R$ 1,695 bilhão de 2013

Odebrecht: investigada pela Lava Jato, a construtora nega participação em qualquer tipo de cartel (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 10h00.

São Paulo - Investigada pela Polícia Federal por causa do esquema de corrupção da Petrobras, dentro da Operação Lava Jato , a Construtora Norberto Odebrecht lucrou R$ 1,8 bilhão no ano passado, 6,7% acima do R$ 1,695 bilhão de 2013.

Parte do resultado, cerca de R$ 400 milhões, foi impactado pela variação cambial. Em dólares, o resultado, de US$ 783 milhões, ficou em linha com o registrado um ano antes.

A companhia possui forte atuação no exterior e no ano passado 73% de sua receita bruta, de R$ 33,1 bilhões, vieram de operações fora do Brasil.

A construtora atua em 18 países, sendo que a América Latina responde por cerca de dois terços das receitas internacionais, de US$ 10,2 bilhões. A África e outros países, como os EUA, respondem pelo restante.

O Ebitda (lucro antes pagamento de juros, impostos depreciações e amortizações) permaneceu no mesmo patamar do ano anterior, em R$ 3,2 bilhões, baseado nos 191 contratos em execução que a companhia mantém.

"O resultado da operação internacional ajudou a minimizar em 2014 a menor rentabilidade que tivemos nos contratos da Petrobrás", disse o diretor financeiro da construtora, Marco Rabello.

Segundo ele, os contratos da Petrobras estão em fase final, quando tradicionalmente se registram desmobilizações e desinvestimentos que elevam os custos e reduzem a rentabilidade. "Já não eram contratos com margem alta."

Petrobras

Ao fim de dezembro, os projetos com a Petrobras representava 0,5% da carteira total, de US$ 33,8 bilhões, ou cerca de US$ 190 milhões, em dois contratos, na Refinaria do Nordeste ( RNEST) e no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), que se encerram este ano.

Sobre a Operação Lava Jato, a construtora nega participação em qualquer tipo de cartel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo - Nove empreiteiras foram alvo da Polícia Federal nesta sexta-feira. A sétima fase da Operação Lava Jato , que investigadesvio de 10 bilhões de reais da Petrobras , fez busca e apreensão nas empresas. Alguns executivos foram presos, para prestar depoimento sobre possível ligação com o esquema de corrupção . Veja nas fotos quais empresas estão sendo investigadas e o que dizem sobre a operação.
  • 2. Odebrecht

    2 /10(Paulo Fridman/Bloomberg)

  • Veja também

    A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras.“A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa.A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
  • 3. UTC Engenharia

    3 /10(Divulgação)

  • A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
  • 4. OAS

    4 /10(Divulgação/PAC)

    A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
  • 5. Engevix

    5 /10(Divulgação/ Engevix)

    Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
  • 6. Galvão Engenharia

    6 /10(Divulgação/ Galvão Engenharia)

    Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
  • 7. Queiroz Galvão

    7 /10(Divulgação)

    A empresa se manifestou através de nota:"A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
  • 8. Camargo Corrêa

    8 /10(Divulgação)

    Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota:“A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
  • 9. Mendes Junior

    9 /10(Divulgação)

    "O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
  • 10. Iesa

    10 /10(Divulgação IESA)

    EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.
  • Acompanhe tudo sobre:ConstrutorasEmpresasEmpresas brasileirasLucroNovonor (ex-Odebrecht)

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