Negócios

Consórcio do Comperj demite mais de 200 trabalhadores

Além das demissões, parte do canteiro de obras do complexo, orçado em US$ 13,5 bilhões, amanheceu fechado


	Canteiro de obras da Refinaria do Comperj: o consórcio é formado pelas empresas Odebrecht, Mendes Júnior e UTC
 (Agência Petrobras)

Canteiro de obras da Refinaria do Comperj: o consórcio é formado pelas empresas Odebrecht, Mendes Júnior e UTC (Agência Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 12h27.

Rio - O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) amanheceu nesta terça-feira, 06, com parte dos canteiros de obras fechados, mais um sinal da forte crise que atravessam as construtoras ligadas aos projetos da Petrobras.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Manutenção e Montagem Industrial de Itaboraí (Sintramon), mais de 200 trabalhadores foram demitidos desde ontem pelo consórcio CPPR, responsável pelas obras civis do complexo petroquímico. O consórcio é formado pelas empresas Odebrecht, Mendes Júnior e UTC.

Além das demissões, parte do canteiro de obras do complexo, orçado em US$ 13,5 bilhões, amanheceu fechado em função do abandono do projeto pela Alumini.

A empresa tinha demitido cerca de 490 trabalhadores desde novembro, e, mesmo após um acordo com o sindicato, havia atrasado o pagamento de benefícios e indenizações aos ex-funcionários.

A construtora alega dificuldades em função do atraso e falta de pagamentos de aditivos contratuais da Petrobras. Segundo a empresa, a estatal deve cerca de R$ 1,2 bilhão por serviços realizados em diferentes contratos no Comperj e na Refinaria Abreu e Lima (Rnest).

Segundo o Sintramon, a empresa está com as contas bloqueadas em função de uma decisão judicial de Ipojuca, em Pernambuco, em decorrência das pendências trabalhistas na Rnest.

O sindicato de trabalhadores também informou nesta manhã que aguarda a demissão de outros 800 trabalhadores da empresa Tuk, que já teria finalizado seu contrato nas obras do Comperj.

Desde 2012, diversas empresas prestadoras de serviços e construtoras ligadas às obras da Petrobras têm demitido seus funcionários, sustado pagamentos a fornecedores e entrado com pedidos de recuperação judicial alegando atrasos de pagamentos pela Petrobras. A estatal nega que haja débitos pendentes.

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