Londres: a capital inglesa ocupa o topo do ranking de cidades mais promissoras para mulheres que querem empreender (Sven Hansche/EyeEm/Getty Images)
EXAME Solutions
Publicado em 6 de março de 2023 às 12h00.
Última atualização em 6 de março de 2023 às 15h40.
Londres, Nova York, a região da Baía de São Francisco, Paris e Estocolmo lideram o ranking do WE Cities 2023, uma pesquisa feita pela Dell Technologies em parceria com a S&P Global e que revela as cidades com maior capacidade de atrair e apoiar mulheres empreendedoras que desejam iniciar e expandir seus negócios.
Assim como em anos anteriores, São Paulo segue sendo a única cidade do Brasil a figurar no ranking mundial, ocupando a 51ª posição.
Desde o início do Índice WE Cities, Londres é classificada como uma das três principais cidades em relação à capacidade de atrair e apoiar mulheres empreendedoras de alto potencial.
“Londres, Nova York e São Francisco têm sido consideradas como o padrão de ouro para o empreendedorismo feminino desde que o índice foi criado”, aponta o relatório. “A disputa acirrada entre elas mostra que nenhuma cidade pode se dar ao luxo de se tornar complacente.”
São vários os motivos que fazem com que a capital inglesa ocupe o topo do ranking. De acordo com o Global Power City Index (Índice de Cidade Poderosa Global), a cidade ocupa o primeiro lugar em “magnetismo” pela sua capacidade de atrair pessoas, capital e empresas de todo o mundo. Londres, inclusive, ultrapassou Boston, conquistando o primeiro lugar no pilar Talento neste ano.
Também abriga 22 universidades que ocupam o ranking de melhores universidades do mundo de acordo com o US News & World Report 2023, e é líder no acesso a dólares de crowdfunding, fundos de capital de risco e aceleradores para empreendedores — uma característica importante tendo em vista que muitas mulheres ainda enfrentam muitas barreiras quando se trata de financiamento de capital de risco.
Esse, inclusive, é o principal desafio de São Paulo, que apesar de se manter no ranking ao lado de muitas das cidades mais competitivas do mundo, acabou caindo cinco posições em relação ao último índice publicado, em 2019.
Os motivos variam, mas o principal deles é o acesso restrito ao dinheiro, com número limitado de investidores, além do custo para empréstimos, e da baixa representatividade de mulheres em cargos de liderança e em conselhos de administração.
Apesar do progresso moderado em direção à igualdade de gênero em áreas como educação e saúde, o atraso em cargos de liderança acaba sendo prejudicial para o desenvolvimento do empreendedorismo local — e uma lacuna de modelos para mulheres que aspiram empreender.
Ainda assim, o fato de ser a única cidade do Brasil a figurar no ranking mundial coloca São Paulo em uma posição de destaque. Entre os pontos fortes que levaram a cidade a essa conquista estão o fomento ao empreendedorismo feminino com investimentos significativos na melhoria da conectividade móvel, o que inclui o lançamento do serviço de internet 5G no segundo semestre do ano passado.
No estudo, São Paulo é classificada como uma cidade “na pista de decolagem” — o que, de forma resumida, significa que, apesar de precisar se desenvolver mais em relação à igualdade da disponibilidade de talentos, ela tem potencial para decolar e muitas oportunidades de crescimento.
O WE Cities 2023 traz ainda um reflexo das consequências causadas pela pandemia em algumas regiões, especialmente nos pilares de Talento e Cultura — este último sofreu um retrocesso quando as escolas e creches foram fechadas e as mulheres passaram a dedicar um tempo ainda maior a essa responsabilidade.
Diante desse cenário, Luciane Dalmolin, diretora de vendas para Pequenas Empresas da Dell Technologies no Brasil, reforça a importância de estudar as necessidades e os obstáculos tecnológicos enfrentados por mulheres empresárias.
“A pandemia estreitou a correlação entre talento e tecnologia. Isso corresponde ao que descobrimos no Dell WE Cities Technology Deep Dive; ou seja, que as mulheres empreendedoras veem as habilidades tecnológicas como vitais, mas muitas vezes se preocupam por não terem um entendimento forte o suficiente para serem capazes de navegar na era digital”, explica a executiva.
Para ajudar a capacitar as mulheres por meio da tecnologia, a Dell Technologies criou, em 2009, o Dell Women’s Entrepreneurs Network (DWEN), um programa que incentiva uma crescente comunidade global de empreendedoras.
Com apoio da Microsoft, as participantes têm acesso a um consultor Dell Technologies que dá suporte para que elas entendam e busquem soluções para os desafios de TI de sua empresa.
O programa ainda conecta seus membros a investidores e consultores de negócios, realiza encontros e oferece cupons e descontos para que a comunidade tenha acesso a notebooks e desktops com soluções de Windows 11 Pro e Microsoft Office para trabalhar de forma híbrida com mais produtividade e segurança. Veja aqui como participar do programa.