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Conheça a Enel, a gigante italiana que levou a Eletropaulo

Essa é a terceira grande aquisição da italiana no Brasil em um ano e meio.

Estação de distribuição de energia da Eletropaulo em São Paulo (Marcos Issa/Bloomberg)

Estação de distribuição de energia da Eletropaulo em São Paulo (Marcos Issa/Bloomberg)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 5 de junho de 2018 às 09h55.

Última atualização em 5 de junho de 2018 às 13h30.

São Paulo – A Enel fechou ontem a compra de 73% da Eletropaulo, por um valor total de 5,55 bilhões de reais. Com isso, a companhia italiana consolida sua presença no mercado brasileiro, tornando-se a maior distribuidora de energia do país.

Essa é a terceira grande aquisição da italiana no Brasil em um ano e meio. No fim de 2016, a Enel comprou outra distribuidora, a Celg, de Goiás, por 2,2 bilhões de reais. Em 2017, a italiana venceu o leilão da usina de Volta Grande, em Minas Gerais, por R$ 1,4 bilhão.

A empresa já possui três distribuidoras no país: além de Goiás, com a Enel Goiás (antiga Celg), atua na distribuição nos estados de Rio de Janeiro, com a Enel Rio (antiga Ampla Energia), e Ceará, com a Enel Ceará (antiga Coelce).

No total, são 10 milhões de clientes atendidos. Se a compra da Eletropaulo se concretizar – ainda é preciso passar pela aprovação de órgãos como a Aneel – esse número saltará para 17 milhões.

A companhia tem ainda forte atuação na geração de energia solar e eólica, através da subsidiária Enel Green Power Brasil. A italiana opera o Parque Solar de Nova Olinda, no Piauí,  a maior planta de energia solar do país. Também possui Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s) em diversos estados e uma usina termoelétrica de gás e vapor no Ceará.

A empresa está presente em 35 países e atende, no total, 63,5 milhões de usuários ao redor do mundo. Na geração de energia, tem uma capacidade instalada de 85 GW.

Em 2017, o faturamento global da companhia foi de 74,6 bilhões de euros, com ebitda de 15,7 bilhões de euros. A Enel também vendeu, neste período, 11,7 bilhões de metros cúbicos de gás. Listada na bolsa de valores de Milão, a Enel tem como seu maior acionista o Ministério Italiano de Economia e Finança, que detém 23,6% da empresa.

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