Confira as cores de carro mais vendidas no mercado brasileiro
Nos últimos dez anos, a preferência do consumidor mudou, segundo levantamento das montadoras
Juliana Estigarribia
Publicado em 15 de março de 2020 às 09h00.
Última atualização em 15 de março de 2020 às 20h51.
Na hora de comprar um carro , o consumidor leva em consideração diversos fatores, principalmente preço, motorização e design. Outro elemento crucial nessa escolha é a cor e, nos últimos dez anos, a preferência do brasileiro mudou drasticamente: o branco passou a liderar as vendas no país.
Em 2010, 36% dos automóveis vendidos no Brasil eram da cor prata, que liderava o ranking, seguida do preto (26%), branco (12%), cinza (11%) e vermelho (9%). No ano passado, porém, essa dinâmica mudou. O branco passou a ser a cor preferida do brasileiro, com 43% das vendas no país, seguida do prata (22%), cinza (13%) e preto (12%).
“As escolhas de cores são vinculadas ao valor de revenda que, por sua vez, é vinculado ao mix de oferta do mercado devido à popularidade. Há também uma forte tendência global de carros em cores sólidas, que possuem um custo de produção menor”, afirma Lui Strambi Farina, colorista da fabricante PPG para o negócio de tintas automotivas.
De acordo com a empresa, no Brasil, as cores “não tradicionais”, como azul e bege, têm uma participação pequena do mercado, de apenas 4%. Cores cromáticas como laranja e vermelho, entretanto, têm se mantido presentes, com cerca de 8% dos novos emplacamentos.
“Vale lembrar que branco e prata, juntas, continuam representando cerca de 65% do mercado de automóveis no país”.
Ele acrescenta que, nos últimos anos, houve uma expansão dos branco perolizado e do preto metálico, variações com maior impacto no mercado premium, mas que também têm grande apelo no público em geral.
Mercado global
No mundo, o branco continua sendo a cor mais popular dos consumidores de automóveis, embora sua participação tenha caído. Preto e cinza vêm em seguida na preferência.
Em 2019, na América do Sul, houve um ligeiro aumento das vendas de carros brancos e pretos, com uma redução do prata. “Essa tendência vai na contramão do restante do globo, onde vimos uma queda da participação de carros brancos e aumento de preto e prata, movimento liderado principalmente pelo mercado asiático”, afirma Farina.
Segundo ele, a perspectiva é que essa tendência se mantenha no Brasil, porém sem grandes alterações no mix atual de cores do mercado. “Globalmente, vemos uma tendência de redução na participação de carros brancos e aumento em pratas e cores cromáticas, como azul e vermelho”, acrescenta.
Farina relata que regiões como América do Norte e Europa apresentam um forte consumo de azul perolizado e metálico, possivelmente devido às vendas expressivas de SUVs de grande porte e carros esportivos.
O mercado de restauração de carros antigos e personalização de pinturas com cores cromáticas (como vermelho e amarelo), sólidas e de efeito é bastante difundido nos Estados Unidos. “No Brasil, essa tendência vem crescendo com oficinas de trabalhos especializados”, diz Farina.