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Conexão reforçaria Hong Kong como porta de entrada da China

CEO da Hong Kong Exchanges & Clearing disse esperar um aumento no fluxo de dinheiro vindo da China continental depois de um anúncio de conectar bolsas de valor

Hong Kong: CEO da Hong Kong Exchanges & Clearing disse esperar um aumento no fluxo de dinheiro vindo da China continental depois de um anúncio de conectar bolsas de valor (Thinckstock)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 17h15.

Charles Li, CEO da Hong Kong Exchanges & Clearing, disse acreditar que a conexão com Shenzhen ajudará a cimentar o status de sua cidade como porta de entrada para a base multitrilionária de investidores da China .

Em entrevista à Bloomberg Television, Li disse esperar um aumento no fluxo de dinheiro vindo da China continental depois que Hong Kong e os órgãos reguladores chineses anunciaram, na terça-feira, planos de conectar a bolsa da cidade à Bolsa de Valores de Shenzhen.

A iniciativa dobraria os limites diários para aquisições de ações a partir da China continental e eliminaria as cotas totais, que foram introduzidas com o lançamento da primeira conexão, com a Bolsa de Xangai, no fim de 2014.

A conexão Shenzhen, adiada há tempos, faz parte dos esforços da China para abrir seus mercados de capitais e aumentar sua influência global. O país tem cerca de US$ 20 trilhões depositados em bancos e cerca de metade será investido em ações e títulos nas próximas duas décadas, disse Li.

“A importância da conexão a longo prazo vem do southbound”, disse Li a Rishaad Salamat e Haidi Lun. “O trabalho de Hong Kong é trazer o mundo para Hong Kong, assim a China pode investir no mundo a partir deste ponto final em Hong Kong”.

Os investidores chineses compraram um total líquido de cerca de 200 bilhões de yuans (US$ 30 bilhões) em ações em Hong Kong, usando mais de 80 por cento da cota agregada, desde a criação da conexão Xangai, em novembro de 2014, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os limites totais southbound (investimentos chineses em Hong Kong) e northbound (investimentos de Hong Kong na China) serão cancelados, segundo os anúncios de ontem.

“O principal que vemos neste ano é o fluxo maior de dinheiro da China continental para o mercado de Hong Kong”, disse Erwin Sanft, chefe de estratégia para a China da Macquarie Group em Hong Kong. O anúncio da conexão Shenzhen “mostra que o medo geral de saídas de capital está muito menor” na China.

Li procura ampliar a atratividade das ações da cidade depois que a média de 30 dias dos valores das ações negociadas em Hong Kong atingiu a maior baixa em quase dois anos em junho.

Apesar de o índice acionário de referência de Hong Kong ter se recuperado e entrado novamente em um bull market, após o declínio ocorrido na esteira do declínio de 2015 da China, seu desempenho de longo prazo é ruim em relação ao de seus pares globais.

O Hang Seng Index subiu 13 por cento nos últimos cinco anos, ficando atrás do avanço de 37 por cento do MSCI All-Country World Index.

A nova conexão ajudará a cidade a atrair empresas estrangeiras para listarem ações em Hong Kong, disse Li, com o objetivo de atrair dinheiro do investidor da China continental. Sete empresas internacionais tiveram ofertas públicas iniciais na bolsa neste ano, captando cerca de US$ 1,3 bilhão, mostram dados da Bloomberg.

“Esperamos com o tempo ter mais listagens internacionais, produtos internacionais, e assim esses produtos se tornariam muito mais interessantes para os investidores no sentido southbound”, disse Li. “E nós seremos o destino principal”.

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Charles Li, CEO da Hong Kong Exchanges & Clearing, disse acreditar que a conexão com Shenzhen ajudará a cimentar o status de sua cidade como porta de entrada para a base multitrilionária de investidores da China .

Em entrevista à Bloomberg Television, Li disse esperar um aumento no fluxo de dinheiro vindo da China continental depois que Hong Kong e os órgãos reguladores chineses anunciaram, na terça-feira, planos de conectar a bolsa da cidade à Bolsa de Valores de Shenzhen.

A iniciativa dobraria os limites diários para aquisições de ações a partir da China continental e eliminaria as cotas totais, que foram introduzidas com o lançamento da primeira conexão, com a Bolsa de Xangai, no fim de 2014.

A conexão Shenzhen, adiada há tempos, faz parte dos esforços da China para abrir seus mercados de capitais e aumentar sua influência global. O país tem cerca de US$ 20 trilhões depositados em bancos e cerca de metade será investido em ações e títulos nas próximas duas décadas, disse Li.

“A importância da conexão a longo prazo vem do southbound”, disse Li a Rishaad Salamat e Haidi Lun. “O trabalho de Hong Kong é trazer o mundo para Hong Kong, assim a China pode investir no mundo a partir deste ponto final em Hong Kong”.

Os investidores chineses compraram um total líquido de cerca de 200 bilhões de yuans (US$ 30 bilhões) em ações em Hong Kong, usando mais de 80 por cento da cota agregada, desde a criação da conexão Xangai, em novembro de 2014, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os limites totais southbound (investimentos chineses em Hong Kong) e northbound (investimentos de Hong Kong na China) serão cancelados, segundo os anúncios de ontem.

“O principal que vemos neste ano é o fluxo maior de dinheiro da China continental para o mercado de Hong Kong”, disse Erwin Sanft, chefe de estratégia para a China da Macquarie Group em Hong Kong. O anúncio da conexão Shenzhen “mostra que o medo geral de saídas de capital está muito menor” na China.

Li procura ampliar a atratividade das ações da cidade depois que a média de 30 dias dos valores das ações negociadas em Hong Kong atingiu a maior baixa em quase dois anos em junho.

Apesar de o índice acionário de referência de Hong Kong ter se recuperado e entrado novamente em um bull market, após o declínio ocorrido na esteira do declínio de 2015 da China, seu desempenho de longo prazo é ruim em relação ao de seus pares globais.

O Hang Seng Index subiu 13 por cento nos últimos cinco anos, ficando atrás do avanço de 37 por cento do MSCI All-Country World Index.

A nova conexão ajudará a cidade a atrair empresas estrangeiras para listarem ações em Hong Kong, disse Li, com o objetivo de atrair dinheiro do investidor da China continental. Sete empresas internacionais tiveram ofertas públicas iniciais na bolsa neste ano, captando cerca de US$ 1,3 bilhão, mostram dados da Bloomberg.

“Esperamos com o tempo ter mais listagens internacionais, produtos internacionais, e assim esses produtos se tornariam muito mais interessantes para os investidores no sentido southbound”, disse Li. “E nós seremos o destino principal”.

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