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Concorrência continua positiva com venda da Webjet, diz Anac

Aquisição da Wejet pela Gol pode diminuir a competição no Brasil, mas condições continuam boas para a Agência Nacional de Aviação Civil

A compra da Webjet não deve gerar grandes aumentos de tarifas no mercado, segundo Anac (Wikimedia Commons)

A compra da Webjet não deve gerar grandes aumentos de tarifas no mercado, segundo Anac (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2011 às 14h31.

Brasília - A compra da companhia aérea Webjet pela Gol pode diminuir o potencial de competição no Brasil, mas mesmo assim as condições gerais de concorrência do setor aéreo no país continuam boas, disse nesta quinta-feira o novo diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys.

A Anac aprovou na terça-feira o aspecto financeiro da compra da Webjet pela Gol. A união total das duas companhias ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, novamente, pela Anac.

"A compra de uma empresa pela outra gera redução dos agentes e da concorrência. Mas o que temos visto é que o Brasil continua com grande número de concorrentes, mesmo com a incorporação da Webjet pela Gol", disse Guaranys em entrevista coletiva na sede da Anac.

Segundo ele, a compra da Webjet não deve gerar grandes aumentos de tarifas no mercado. "Pode haver aumento em algumas rotas específicas operadas por Webjet e Gol, mas geralmente você tem mais de uma empresa atuando nessas rotas", disse.

Concessões

Guaranys disse ainda que grandes operadores mundiais de aeroportos estão interessados em atuar no mercado brasileiro. "Alemães, espanhóis, asiáticos e mexicanos (...) têm buscado parcerias no Brasil e informações", disse.

Segundo ele, o governo vai manter o cronograma que prevê a realização em 22 de dezembro do leilão de concessão dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e de Brasília (DF).

O governo já decidiu que a Infraero, atual operadora dos aeroportos brasileiros, terá até 49 por cento de participação nas empresas que assumirão as concessões dos três aeroportos.

Atrasos

Até o fim do ano a Anac deverá rever suas regras para a punição de empresas que apresentem excesso de atrasos e cancelamentos.

Segundo Guaranys, deverá ser estendido a outros aeroportos a regra, hoje válida apenas para Congonhas (SP) que pode gerar perda de slots (horários de vôos) de empresas com problemas excessivos.

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