Maracanã: consórcio liderado pela Odebrecht quer que governo conclua as reformas no estádio (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 11h42.
Última atualização em 17 de janeiro de 2017 às 11h44.
Rio - A concessionária que administra o Complexo Maracanã emitiu nota nesta terça-feira para informar que vai recorrer da liminar obtida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro na última sexta-feira que a obriga a reassumir a concessão do estádio.
A concessionária, liderada pela Odebrecht, alega que primeiro o Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 precisa realizar reparos no estádio e no ginásio do Maracanãzinho.
O Maracanã virou um jogo de empurra-empurra entre o Rio-2016 e a Concessionária. O local está deteriorado, com mato crescendo e nenhuma segurança. Até o busto do jornalista Mario Filho, que dá nome ao estádio, foi roubado.
A empresa que ganhou a concessão do Estado para gerir o Complexo Maracanã alega que só não reassumiu o local por conta das cláusulas do Termo de Autorização de Uso (TAU).
"De acordo com o contrato firmado entre a Casa Civil e o Comitê, o Maracanã e o Maracanãzinho só deveriam sair da administração da Rio-2016 depois de feitos todos os reparos. O próprio Comitê Rio-2016 admite que deixou várias pendências nas instalações", argumenta a concessionária.
Em nota, a empresa cita as pendências que precisam ser resolvidas pelo Comitê, o que incluiu laudos que atestem que o sistema de drenagem e a cobertura não foram danificados pelas intervenções feitas para as cerimônia.
Além disso, o Rio-2016 deveria repor cadeiras nas arquibancadas, realocar catracas eletrônicas, consertar fechaduras e retirar placas de publicidade espalhadas "por todo o estádio".