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Compra de operadora do ES terá pouco efeito para a NET

Negócio vai ampliar em apenas 1% a base de assinantes da empresa

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A aquisição da ESC 90, operadora de TV a cabo que pertencia à Energias do Brasil, é vista pelos analistas como um bom negócio para a NET, mas seu potencial para impulsionar as operações da empresa é pequeno. A nova controlada atua nas cidades capixabas de Vitória e Vila Velha e conta com 55.000 clientes, entre assinantes de TV a cabo e internet em banda larga. Em julho, sua receita líquida anualizada era equivalente a 49 milhões de reais, com uma margem de ebitda de 48%.

O negócio foi fechado na sexta-feira (29/8) por 94,624 milhões de reais. A conclusão depende da aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações preferenciais da NET ( NETC4 , sem direito a voto) operam com forte queda nesta segunda-feira (01/09). Por volta das 13h05, os papéis recuavam 2,02%, cotados a 18,42 reais e com 222 negócios realizados. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador do pregão paulista, registrava baixa de 0,66%, a 55.315 pontos.

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Para os analistas, a principal vantagem do acordo foi o preço pago pela NET, equivalente a quatro vezes o ebitda da empresa (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). "O múltiplo nos parece bastante atrativo", afirmou a corretora Ativa, em relatório.

Do ponto-de-vista operacional, porém, a nova controlada vai contribuir pouco para a expansão dos negócios. Segundo a Ativa, o mérito do acordo é completar a presença da NET nas capitais e principais cidades do Sudeste, já que a empresa ainda não possuía operações no Espírito Santo. Mas a ESC 90 representará um incremento de cerca de 1% à base de clientes, e de 2,7% em receitas.

A Energias do Brasil pertence ao grupo português EDP e concentra sua atuação na geração, distribuição e venda de eletricidade. A empresa atua em São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Ceará e Santa Catarina. Em comunicado aos investidores, a empresa afirmou que a venda da Esc 90 integra a estratégia de se desfazer de ativos não-relacionados ao seu negócio principal. A companhia também informou que o negócio terá um impacto positivo de 125 milhões de reais.

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