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Como o grupo da Leroy Merlin quer faturar R$ 3 bilhões com atacarejo de construção no Brasil

No Brasil desde 2018, Obramax inaugura três megalojas nesta semana. A expectativa é chegar a 30 unidades até 2026

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 11 de novembro de 2024 às 14h58.

Última atualização em 11 de novembro de 2024 às 15h04.

O CEO da Obramax, Michael Reins, tem uma agenda cheia nesta segunda-feira, 11, com a inauguração de três novas lojas no estado do Rio de Janeiro. Localizadas em Guadalupe, Duque de Caxias e Mesquita, as lojas de materiais de construção tiveram um investimento de R$ 140 milhões cada e fazem parte do esforço de expansão da empresa no Brasil.

A empresa faz parte do Grupo Adeo, o mesmo conglomerado francês que controla a Leroy Merlin.  No ano passado, a companhia faturou R$ 1,2 bilhão por aqui. A expectativa é chegar aos R$ 3 bilhões no próximo ano com a abertura de mais lojas.

As novas aberturas transformaram o Rio de Janeiro no maior número de lojas da rede, ultrapassando São Paulo. “Esse crescimento é um reflexo dos nossos bons resultados, mas também uma oportunidade para estreitar ainda mais nossa conexão com os clientes e as comunidades locais”, diz Reins.

A Obramax inaugurou sua primeira loja no Brasil em 2018 e conta com nove unidades em operação. A ideia é pisar no acelerador nos próximos anos.

“O que temos em comum com a Leroy Merlin é o foco em oferecer uma experiência de compra acessível e eficiente, mas no caso da Obramax, com um modelo de atacarejo que atende de forma mais direta os profissionais da construção civil e as classes C, D e E”, diz o CEO.

O modelo de negócio

Obramax inaugura três novas lojas com investimento de R$ 400 milhões

Obramax inaugura três novas lojas com investimento de R$ 400 milhões (Obramax/Divulgação)

O modelo de negócios da Obramax é focado no modelo de atacarejo. A empresa atende principalmente profissionais autônomos da construção civil, como pedreiros, eletricistas e pintores, além de pequenas e médias empresas do setor, que compõem um grande contingente de trabalhadores no Brasil.

A companhia também está aberta ao público consumidor final, especialmente das classes populares, que têm um grande desejo de conquistar a casa própria ou reformar com produtos de qualidade a preços acessíveis.

No Brasil, a Obramax concorre com home centers, depósitos de bairro e distribuidores locais. Um dos principais diferenciais da companhia está no seu modelo de operação, que permite que os produtos estejam disponíveis para retirada imediata nas lojas.

Com um sortimento de 16.000 itens, a empresa garante que seus clientes possam retirar os materiais no mesmo dia ou, se preferirem, recebê-los no dia seguinte. Esse sistema é possível graças à estrutura das lojas, que funcionam como centros de distribuição, oferecendo agilidade no atendimento e no cumprimento das demandas.

“Nossas lojas são praticamente um centro de distribuição, o que nos permite garantir uma experiência de compra rápida e eficiente, com grandes volumes de produtos à pronta entrega”, diz o executivo.

Crescimento no Brasil

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), o setor de materiais de construção deve continuar a crescer nos próximos anos, previsão de alta de cerca de 6% em 2024, o que mantém o mercado aquecido e competitivo.

A Obramax planeja abrir entre 8 e 10 novas lojas até 2025, com uma meta de alcançar 30 unidades até 2026. As expansões serão focadas em novos estados, com lojas previstas para Espírito Santo, Brasília, Porto Alegre e outras regiões do Centro-Oeste.

Além da expansão física, a Obramax tem investido no fortalecimento de seus canais digitais, prevendo um aumento nas vendas online de 8% para 15% nos próximos três anos.

“A omnicalidade dos nossos canais de venda é um pilar importante para nosso crescimento. Estamos investindo para oferecer uma experiência de compra flexível, seja física, online ou por WhatsApp, sempre com a agilidade que nossos clientes esperam”, finaliza Reins.

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