Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios
A paulista Evoy Consórcios cresceu mais de 400% em 2024, superando em quatro vezes a média do setor. O segredo? Tecnologia e mais transparência para o cliente
Repórter
Publicado em 22 de novembro de 2024 às 11h47.
Última atualização em 22 de novembro de 2024 às 11h49.
No Brasil, o mercado de consórcios é um dos mais tradicionais, mas também um dos menos compreendidos. Movimentando bilhões de reais por ano, a indústria sempre foi historicamente dominada por grandes bancos.
Por isso, permanece até hoje com métodos engessados, pouco transparentes e com foco na venda, e não no cliente. Uma administradora de Mogi das Cruzes, em São Paulo, quer mudar essa lógica: a Evoy Consórcios busca simplificar e agilizar o processo de aquisição de consórcio para o consumidor.
Com sedes em Mogi e o bairro de Alphaville, a Evoy étotalmente independente, ou seja, sem nenhum grupo financeiro ou fundo de investimento por trás.
“Fomos a primeira administradora do zero aprovada pelo Banco Central em décadas. Isso nos dá uma liberdade de criação que outros players não têm”, afirma o fundador, Marcelo Lucindo.
Ser diferente só ajudou a Evoy a se destacar. Enquanto o mercado cresce cerca de 13% ao ano, a empresaregistrou 443% de crescimento em 2024, superando em quatro vezes a média do setor.
O começo de tudo
Lucindo começou sua trajetória no setor há mais de 20 anos, como vendedor porta a porta de consórcios. De família de origem humilde, o paulista presenciou a evolução de um mercado que, até os anos 1990, eradesregulado e pouco confiável.
“Quando comecei, o consórcio era uma alternativa ao financiamento, mas estava distante da realidade de muitos brasileiros”, explica.
Foram décadas no setor até decidir que era hora de abrir a própria empresa. A virada de chave foi quando percebeu as limitações de seu trabalho como representante.
Lucindo queria mais, mas também queria trazer um novo jeito de fazer as coisas. A Evoy Consórcios nasceu oficialmente em 2021, após um processo que durou seis anos para garantir todas as autorizações necessárias junto ao Banco Central.
Com a alta dos juros e as dificuldades econômicas, o consórcio, que não cobra taxas de juros,tem atraído cada vez mais pessoas.
“O brasileiro está começando a perceber que planejamento financeiro é a chave. O consórcio é uma compra coletiva, mais acessível e sustentável”, explica o paulista. “Nosso objetivo é triplicar o número de consorciados ativos no Brasil nos próximos anos.”
O jeito Evoy
Para crescer num mercado dominado por grandes players, a Evoy oferece mais informações ao cliente na hora da compra e a automação de processos.
A empresa investiu mais de R$ 1 milhão no desenvolvimento de plataformas que simplificam o processo de adesão, acompanhamento e gestão dos consórcios.
A Evoy também aposta em uma rede de representantes treinados, cujo papel vai além da simples venda de cotas.
Custos, taxas e benefícios são sempre detalhados, algo nem sempre claro em consórcios tradicionais.
A estratégica tem dado certo: em 2024, a empresa registrou um crescimento de 400% nas vendas, ultrapassando R$ 1 bilhão no acumulado do ano. O objetivo é alcançar R$ 3 bilhões em vendas até 2025.
“Estamos ganhando mercado porque falamos a linguagem do cliente e trazemos soluções que facilitam a vida dele. Isso é algo que as administradoras tradicionais ainda não entenderam”, diz o fundador.