(Stan Honda/AFP)
Redação Exame
Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 14h36.
Em 1981, com apenas US$ 200 no bolso, Tony Cuccio montava uma pequena barraca de beleza na praia de Venice, em Los Angeles. Mais de quatro décadas depois, ele é fundador e CEO da Cuccio Global Distribution, multinacional da indústria de beleza que já movimentou US$ 2 bilhões em vendas, opera em 90 países e é referência mundial no mercado de unhas de gel.
Cuccio não chegou lá com sorte ou grandes rodadas de investimento. Pelo contrário, ele nunca tomou um empréstimo bancário, não recorreu a capital de risco e jamais abriu capital na bolsa.
A trajetória do empresário, que hoje, aos 71 anos, ainda acorda às 5h da manhã para trabalhar, é um manual de finanças corporativas aplicadas com rigor, visão de longo prazo e uma filosofia inegociável: reinvestir cada centavo no crescimento. As informações foram retiradas da Fortune.
O sucesso da Cuccio Global começou com um “acidente” de mercado. Ao perceber a demanda de clientes por compras em atacado, Cuccio criou a Star Nail, nome improvisado a partir de “Stephen, Tony e Roberta”, ele e sua esposa. Em vez de apenas revender cosméticos, enxergou um nicho mal explorado: as unhas de gel.
Embora a tecnologia química já existisse desde os anos 1950, Cuccio foi o primeiro a entender seu apelo comercial. Tornou o produto mais resistente, adicionando cálcio e fibra de vidro, e lançou uma linha que se tornaria carro-chefe da empresa por décadas. “Comercializei e faturei centenas de milhões de dólares com unhas de gel”, afirmou.
Para o público de finanças corporativas, a mensagem é clara: nem sempre é preciso criar algo novo para capturar valor, identificar um produto subvalorizado e saber posicioná-lo no mercado pode gerar margens robustas e diferenciais duradouros.
O modelo de negócios de Cuccio foi moldado por frugalidade e reinvestimento. Ele começou com US$ 200, transformou em US$ 1.000 e manteve as despesas no mínimo. Durante os dois primeiros anos, o único valor retirado da empresa foi o suficiente para pagar o aluguel. “Nunca fiz empréstimo. Nunca saquei dinheiro de um banco. Bancos servem para depositar, não para sacar”, afirmou.
Enquanto concorrentes restringiam-se ao mercado doméstico, Cuccio começou a viajar pelo mundo em 1984 — pessoalmente financiando distribuidores e estruturando sua própria rede de expansão. “Sou o banco. Eles me chamam de BOC: Banco de Cuccio.”
Esse tipo de expansão orgânica, sem dependência de capital externo, mostra que é possível escalar negócios globalmente com controle total da operação e sem comprometer a estrutura societária, desde que se tenha planejamento financeiro e visão de longo prazo.
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