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Como a Ford encostou na traseira da GM no segundo trimestre

Montadoras apresentaram resultados financeiros nesta semana e receitas com vendas foram quase que equivalentes no período

Escape, SUV da Ford: modelo faz sucesso nos Estados Unidos (Kevork Djansezian/Getty Images)

Escape, SUV da Ford: modelo faz sucesso nos Estados Unidos (Kevork Djansezian/Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h53.

São Paulo – As duas maiores montadoras dos Estados Unidos, a General Motors e a Ford, anunciaram seus resultados financeiros do segundo trimestre nesta semana, e os números apresentados por elas animaram investidores e analistas, principalmente os da Ford, que  registrou lucro 15% maior, atingindo 1,2 bilhão de dólares, e vendas quase 20% mais altas na comparação com o mesmo período de 2012. A receita da companhia totalizou 38,1 bilhões de dólares, montante que a aproximou de sua principal rival no mercado americano, a GM, que por somou vendas de 39,1 bilhões de dólares, crescimento de 4% na mesma base de comparação e registrou lucro 24% menor no trimestre.

A Ford atribuiu ao bom desempenho uma série de fatores, entre eles, o sucesso de modelos estratégicos, como o utilitário Escape. O crescimento das vendas na Ásia e América do Sul também ajudou a montadora no período, principalmente porque os números conquistados nessas regiões compensaram as perdas recorrentes no mercado europeu. Com uma visão mais otimista para os próximos trimestres, a montadora afirmou que deve aumentar seu lucro neste ano - a previsão anterior era que os ganhos ficariam no mesmo patamar que os apresentados em 2012.

Estratégia

Desde que assumiu a presidência da Ford, em 2006, Alan Mulally implantou na companhia um projeto batizado de família completa de veículos e o plano está começando a trazer retorno financeiro. De acordo com o executivo, nos Estados Unidos, a montadora abastece o mercado com as SUVs, segmento preferido dos americanos, e em outros países preenche as lacunas com as demais categorias de automóveis.  “Essa decisão está nos dando muitas oportunidades para crescer”, afirmou Mulally, em comunicado sobre os resultados do trimestre.

O próximo passo da montadora é depender cada vez menos do mercado americano, que ainda responde por boa parte dos ganhos da Ford no mundo – cerca de 80%.  “O objetivo é que um terço das nossas vendas venha da América do Norte e o restante dividido em partes iguais entre as demais regiões onde a empresa mantém operação”, disse Mulally.

Resultados

Na Europa, mercado mais crítico para a companhia por causa da recessão enfrentada pela região, a Ford conseguiu diminuir as perdas no segundo trimestre, que somaram 348 milhões de dólares. Um ano anos, a montadora havia registrado prejuízo de 404 milhões de dólares na região.

Já na Ásia, a montadora conseguiu somar lucro de 177 milhões de dólares, ante prejuízo de 66 milhões de dólares acumulados no mesmo período de 2012. A China segue como país mais promissor da região asiática. Por lá, as vendas cresceram 47%, totalizando mais de 400.000 unidades comercializadas no primeiro semestre do ano.

Na América do Sul, que inclui as operações brasileiras da montadora, o lucro da Ford cresceu de 5 milhões de dólares para 151 milhões de dólares no segundo trimestre do ano. No Brasil, nos seis primeiros meses do ano, as vendas da montadora ficaram estáveis na comparação com o mesmo período de 2012, totalizando 155.000 unidades.

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