Negócios

Como a BR Properties pesou na queda do lucro do BTG Pactual

Banco de investimentos registrou ganhos 21% menores no segundo trimestre, totalizando R$ 650 milhões


	Torres da WTorre: companhia do setor imobiliário controlada pelo BTG Pactual
 (Divulgação/EXAME.com)

Torres da WTorre: companhia do setor imobiliário controlada pelo BTG Pactual (Divulgação/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 14h02.

São Paulo – O lucro do BTG Pactual caiu 21% no segundo trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2012, totalizando 650 milhões de reais. Entre as razões que prejudicaram os ganhos do banco de André Esteves, a participação que o BTG tem de 24,4% na BR Properties, investidora em imóveis comerciais, foi a principal delas.

O braço de Principal Investiments, que agrupa as operações de Global Markets, Merchant Banking e Real Estate, apresentou receita negativa de 313 milhões de reais. Desse montante,  boa parte,  149 milhões de reais, veio por conta dos investimentos que o banco tem no setor imobiliário.

“A queda no preço das ações da BR Properties foi o principal fator do resultado negativo dos nossos negócios de Real Estate, mas conseguimos ganhar com outros empreendimentos”, afirmou Marcelo Kalim, vice-presidente do banco, em teleconferência com investidores e analistas, nesta quarta-feira.

Trata-se do quarto trimestre consecutivo que a operação de Real Estate pesa negativamente no balanço do BTG Pactual. A última vez que a operação fechou no azul foi no segundo trimestre do ano passado, quando somou receita positiva de 308 milhões de reais, desde então só vem operando no vermelho. 

Negócio

Em setembro de 2011, o BTG Pactual, por meio de sua controlada  WTorre, e a BR Properties anunciaram a fusão de seus ativos imobiliários, em uma operação que envolvia incorporação de ações. 


Na nova companhia, resultante da fusão, os acionistas da BR Properties ficaram com 58,1% do capital, e o BTG com uma fatia de 30,8%. Atualmente, o banco detém 24,4% no negócio.

Resultados da BR Properties

Entre os meses de abril e maio, a BR Properties registrou lucro 85% menor na comparação com  o mesmo período de 2012. Os ganhos da companhia totalizaram 49,8 milhões de reais e foram impactados, principalmente, pela reavaliação do preço de algumas propriedades. A companhia tem mais de 120 imóveis no portfólio, entre escritórios, centros de distribuição e imóveis de varejo e empreendimentos em desenvolvimento.

Resultados do BTG

Embora a operação de Real Estate tenha apresentado o maior resultado negativo, a operação de Global Markets, que também faz parte do Principal Investments do BTG, também pesou nos resultados do banco. Segundo Esteves, a volatilidade do mercado global, por conta, principalmente, da retomada da economia americana causou turbulência nas operações.

"Foi um trimestre mais desafiador. Por isso, reduzimos um pouco as nossas exposições aos riscos mais gerais. O Índice de Basileia subiu e a carteira de crédito desacelerou. Foi a forma que o banco encontrou para enfrentar esse momento de quase crise", disse o empresário, em teleconferência.

Com a receita negativa área de Principal Investments, a receita total do BTG no período, de 1 bilhão de reais, foi 39% menor na comparação com o mesmo período de 2012.

Acompanhe tudo sobre:BalançosBancosbancos-de-investimentoBR PropertiesBTG PactualEmpresasEmpresas abertasFinançasHoldingsLucroShopping centers

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia