Comerciários denunciam supermercado do Rio por abusos
Funcionários da rede Guanabara foram obrigados, durante a edição de aniversário da empresa, a trabalhar várias horas extras sem descanso e sem receber a mais
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2015 às 16h05.
Rio de Janeiro - Funcionários da rede de supermercados Guanabara, no Rio de Janeiro, foram obrigados a trabalhar até três horas a mais por dia, sem receber horas extras e sem descanso, durante a edição anterior das ofertas de aniversário da empresa.
A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro , que no maior período de promoções da empresa – quando uma multidão de consumidores lota as 23 lojas da rede – aumenta a fiscalização nas unidades.
Segundo o presidente do sindicato, Márcio Correa Andrade, que percorreu unidades da rede na sexta-feira (16), quando começou a promoção, ainda é cedo para apresentar um balanço das denúncias.
Ele considera, no entanto, que a presença do sindicato ajuda inibir os abusos que vêm ocorrendo .
“Desde o mês passado, a gente tem recebido denúncias do que aconteceu nos últimos anos. Por isso, estamos, desta vez, averiguando para impedir que se repitam”, afirmou Andrade.
Na fiscalização, ele aproveitou para falar com clientes, alertando para ausência de empacotadores, que é uma exigência da legislação na cidade do Rio de Janeiro.
Outras denúncias do sindicato incluem trabalhadores que passam o dia em pé, por falta de assento, e o caso de uma funcionária que não pôde ir ao banheiro e acabou urinando na roupa.
“Era dia de mercado cheio, a trabalhadora solicitou que o supervisor liberasse a pausa para ela ir ao banheiro, parece que ele não liberou, e ela passou por esse constrangimento”, revelou Andrade.
Especialista em psicologia do trabalho, a professora Terezinha Martins dos Santos Souza da Universidade Federal de Estado do Rio de Janeiro (Unirio), alerta que a precarização do trabalho, apontada pelo sindicato dos comerciários é ilegal e gera problemas de saúde para o trabalhador.
Segundo ela, a rede precisa contratar mais profissionais para atender o público.
“Até a oitava hora de trabalho o estado de cansaço é X, e quando ultrapassa a jornada, o cansaço é muito maior a cada hora”, esclareceu. “É muito além da carga que você já está acostumado, por isso hora, extra é para situações excepcionais, não pode gerar precarização”, frisou.
O sindicato informou ainda que os cerca de 15 mil funcionários da rede aprovaram uma pauta de reivindicações que a categoria tenta negociar com a empresa há cerca de dois meses sem sucesso.
No documento, o sindicato pede que a rede Guanabara pague insalubridade para os funcionários do açougue, que trabalham no frio e sob o risco de corte, além de permitir que cada um escolha entre receber vale-alimentação ou comer no refeitório, disponível nas unidades da rede.
Em nota, o supermercado informou que em todas as lojas funciona um restaurante com cardápio preparado por nutricionista, e que fornece bancos, no refeitório e no vestiário, além de sala de repouso.
O adicional de insalubridade não é pago, porque a empresa fornece todos equipamentos necessários para os colaboradores.
A empresa diz ainda que todos possuem autonomia para ir ao banheiro, e que se mantém aberta para negociações com a categoria.
Rio de Janeiro - Funcionários da rede de supermercados Guanabara, no Rio de Janeiro, foram obrigados a trabalhar até três horas a mais por dia, sem receber horas extras e sem descanso, durante a edição anterior das ofertas de aniversário da empresa.
A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro , que no maior período de promoções da empresa – quando uma multidão de consumidores lota as 23 lojas da rede – aumenta a fiscalização nas unidades.
Segundo o presidente do sindicato, Márcio Correa Andrade, que percorreu unidades da rede na sexta-feira (16), quando começou a promoção, ainda é cedo para apresentar um balanço das denúncias.
Ele considera, no entanto, que a presença do sindicato ajuda inibir os abusos que vêm ocorrendo .
“Desde o mês passado, a gente tem recebido denúncias do que aconteceu nos últimos anos. Por isso, estamos, desta vez, averiguando para impedir que se repitam”, afirmou Andrade.
Na fiscalização, ele aproveitou para falar com clientes, alertando para ausência de empacotadores, que é uma exigência da legislação na cidade do Rio de Janeiro.
Outras denúncias do sindicato incluem trabalhadores que passam o dia em pé, por falta de assento, e o caso de uma funcionária que não pôde ir ao banheiro e acabou urinando na roupa.
“Era dia de mercado cheio, a trabalhadora solicitou que o supervisor liberasse a pausa para ela ir ao banheiro, parece que ele não liberou, e ela passou por esse constrangimento”, revelou Andrade.
Especialista em psicologia do trabalho, a professora Terezinha Martins dos Santos Souza da Universidade Federal de Estado do Rio de Janeiro (Unirio), alerta que a precarização do trabalho, apontada pelo sindicato dos comerciários é ilegal e gera problemas de saúde para o trabalhador.
Segundo ela, a rede precisa contratar mais profissionais para atender o público.
“Até a oitava hora de trabalho o estado de cansaço é X, e quando ultrapassa a jornada, o cansaço é muito maior a cada hora”, esclareceu. “É muito além da carga que você já está acostumado, por isso hora, extra é para situações excepcionais, não pode gerar precarização”, frisou.
O sindicato informou ainda que os cerca de 15 mil funcionários da rede aprovaram uma pauta de reivindicações que a categoria tenta negociar com a empresa há cerca de dois meses sem sucesso.
No documento, o sindicato pede que a rede Guanabara pague insalubridade para os funcionários do açougue, que trabalham no frio e sob o risco de corte, além de permitir que cada um escolha entre receber vale-alimentação ou comer no refeitório, disponível nas unidades da rede.
Em nota, o supermercado informou que em todas as lojas funciona um restaurante com cardápio preparado por nutricionista, e que fornece bancos, no refeitório e no vestiário, além de sala de repouso.
O adicional de insalubridade não é pago, porque a empresa fornece todos equipamentos necessários para os colaboradores.
A empresa diz ainda que todos possuem autonomia para ir ao banheiro, e que se mantém aberta para negociações com a categoria.