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Com parcerias, Amazon quer trazer mais clientes para a nuvem

A Amazon Web Services firma parcerias para oferecer cursos de capacitação, marketing e até subsídios para companhias de software


	Jeff Bezos, CEO da Amazon: com parcerias, a Amazon Web Services oferece capacitação para conquistar mais clientes
 (Joe Klamar/AFP)

Jeff Bezos, CEO da Amazon: com parcerias, a Amazon Web Services oferece capacitação para conquistar mais clientes (Joe Klamar/AFP)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 25 de setembro de 2015 às 13h13.

São Paulo - A Amazon Web Services está lançando um programa para ajudar empresas a desenvolver serviços na nuvem. Oferecendo infraestrutura, cursos e capacitações técnicas e, em alguns casos, até apoio financeiro, o programa Amazon Partner Network está focado em desenvolvedoras de software.

Para qualquer empresa, manter o próprio centro de dados é difícil e custoso. Além disso, desenvolver sistemas dessa forma é mais demorado. Por isso, grandes companhias de tecnologia, como Microsoft, SAP e a Amazon Web Services estão investindo em armazenamento na nuvem – e vendendo essa opção para diversos clientes.

Para se destacar da concorrência, atrair e fidelizar clientes, a Amazon lançou o programa Amazon Partner Network O projeto irá firmar parcerias com companhias de software para oferecer cursos de capacitação, projetos de marketing e até subsídios para desenvolvimento de programas na nuvem.

As ideias mais promissoras criadas com esse apoio terão um empurrão extra para se tornarem realidade. A iniciativa Go To Market, da AWS, irá desenvolver um plano de marketing para lançamento do produto, além de oferecê-lo a outros clientes da Amazon.

O foco é em grandes empresas, que estão migrando e consolidando os seus bancos de dados na nuvem, diz Brian Matsubara, líder global de alianças tecnológicas da AWS, em entrevista exclusiva a EXAME.com.

Hoje, a grande dificuldade para a empresa é tornar o armazenamento na nuvem mais conhecido. Ao migrar para a nuvem, “muitos executivos acham que estão perdendo o controle” de suas operações, diz Matsubara. “É um conjunto completamente novo de técnicas que as pessoas precisam aprender”, fala.

Parcerias

Um dos exemplos das parcerias desenvolvidas com o programa é com a Senior, empresa brasileira de softwares de gestão. Atualmente, a Senior tem 90 mil contratos ativos e 100 centros de distribuição no Brasil.

Usando a nuvem da Amazon, ela criou um sistema para recursos humanos. O sistema analisa a performance dos funcionários e outros aspectos, como sua rede social LinkedIn. Se o funcionário está atualizando seu currículo virtual, pode estar descontente com o trabalho, por exemplo.

Maior que o varejo

A empresa nasceu dentro da Amazon. Em 2006, tornou-se uma subsidiária independente e começou a atrair clientes de peso.

Entre as empresas que usam os seus serviços, estão Netflix, Totvs, Spotify, Uber, Waze, Airbnb, Instagram, entre outras. Algumas são inclusive concorrentes da própria empresa mãe. Hoje, ela tem mais de 1 milhão de clientes ativos em 190 países.

Algumas empresas, como a Magazine Luiza, estão inclusive fechando os seus próprios centros de dados um a um, migrando os dados e sistemas para a nuvem da Amazon.

Para a empresa, a AWS tem um potencial imenso, apesar de ainda corresponder a apenas 7% das receitas totais. O diretor da AWS, Andy Jassy que a divisão poderia se tornar maior até que o varejo.

Em abril deste ano, o faturamento da divisão foi publicado pela primeira vez de forma separada. Antes, os ganhos da divisão estavam escondidos sob a aba “outros” na divulgação de resultados da Amazon.

No segundo trimestre do ano, as receitas da AWS cresceram 81% em relação ao ano passado, chegando a 1,8 bilhão de dólares. Por outro lado, a receita total do grupo cresceu 12%.

O faturamento da nuvem da Amazon é maior que a soma dos seus quarto maiores concorrentes, de acordo com dados do Synergy Research Group.

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