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Com Motorola, Lenovo quer ameaçar império da Samsung

Líder em vendas de computadores pessoais já é a terceira maior fabricante de smartphones Android e quer mais

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 13h34.

São Paulo – A Lenovo quer entrar com tudo na briga pelo mercado de smartphones, até agora protagonizada pela Apple e pela Samsung .

Nesta quinta-feira, a líder mundial de vendas de computadores pessoais anunciou a compra da Motorola por 2,91 bilhões de dólares.

Com a aquisição, a empresa chinesa tem agora 6,4% do mercado. É pouco, se comparado aos 29% da líder Samsung. Mas impressiona se for levado em conta que a Lenovo começou sua fabricação própria de smartphones no ano passado e já é a terceira maior do mundo. A Apple, segunda colocada, fica com 17%.

“Será um bom começo para desafiar as grandes marcas de smartphones”, disse Yang Yuanging, presidente executivo da Lenovo, em entrevista a jornalistas após o anúncio. “Nós queremos nos tornar um competidor global”.

Alguns analistas acreditam que, em curto prazo, a venda pode beneficiar a Samsung, que não terá mais de se preocupar com a possibilidade de um smartphone produzido inteiramente pelo Google. Mas a força da Lenovo pode ser uma ameaça em alguns anos.

Desafios

A Motorola pode ajudar na expansão mundial da Lenovo, que é muito forte na China mas ainda enfrenta resistência nos Estados Unidos. Hoje, 41% das vendas vêm do país natal. Mas a compra foi bastante arriscada.

A Motorola foi comprada pelo Google em 2011 por 11,5 bilhões de dólares e foi vendida quase três anos depois por 11,5 bilhões de dólares.

Ainda que o gigante de buscas tenha ficado com as patentes da marca de celulares, o que teoricamente compensaria o negócio inicial, a Motorola não rendeu lucros ao Google. Em 2013, a empresa de celulares teve prejuízo de 928 milhões de dólares, ante os 616 milhões perdidos em 2012.

Reverter as perdas em lucros pode não ser tão fácil, mas a Lenovo tem experiência nisso. Em 2005, quando comprou a divisão de computadores pessoais da IBM, a companhia também estava mal das pernas. Hoje, a Lenovo é líder em vendas e conquistou a confiança do mercado global.

Na semana passada, a Lenovo comprou, também, a divisão de servidores de baixo custo da IBM por 2,3 bilhões de dólares, na que foi considerada a maior aquisição TI da China já feita. A empresa terá, portanto, duas novas áreas que exigirão grandes investimentos e esforços para integrá-las à companhia.

Se for bem sucedida, a Lenovo dará um grande passo para entrar de vez na disputa pelo império da tecnologia.

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São Paulo – A Lenovo quer entrar com tudo na briga pelo mercado de smartphones, até agora protagonizada pela Apple e pela Samsung .

Nesta quinta-feira, a líder mundial de vendas de computadores pessoais anunciou a compra da Motorola por 2,91 bilhões de dólares.

Com a aquisição, a empresa chinesa tem agora 6,4% do mercado. É pouco, se comparado aos 29% da líder Samsung. Mas impressiona se for levado em conta que a Lenovo começou sua fabricação própria de smartphones no ano passado e já é a terceira maior do mundo. A Apple, segunda colocada, fica com 17%.

“Será um bom começo para desafiar as grandes marcas de smartphones”, disse Yang Yuanging, presidente executivo da Lenovo, em entrevista a jornalistas após o anúncio. “Nós queremos nos tornar um competidor global”.

Alguns analistas acreditam que, em curto prazo, a venda pode beneficiar a Samsung, que não terá mais de se preocupar com a possibilidade de um smartphone produzido inteiramente pelo Google. Mas a força da Lenovo pode ser uma ameaça em alguns anos.

Desafios

A Motorola pode ajudar na expansão mundial da Lenovo, que é muito forte na China mas ainda enfrenta resistência nos Estados Unidos. Hoje, 41% das vendas vêm do país natal. Mas a compra foi bastante arriscada.

A Motorola foi comprada pelo Google em 2011 por 11,5 bilhões de dólares e foi vendida quase três anos depois por 11,5 bilhões de dólares.

Ainda que o gigante de buscas tenha ficado com as patentes da marca de celulares, o que teoricamente compensaria o negócio inicial, a Motorola não rendeu lucros ao Google. Em 2013, a empresa de celulares teve prejuízo de 928 milhões de dólares, ante os 616 milhões perdidos em 2012.

Reverter as perdas em lucros pode não ser tão fácil, mas a Lenovo tem experiência nisso. Em 2005, quando comprou a divisão de computadores pessoais da IBM, a companhia também estava mal das pernas. Hoje, a Lenovo é líder em vendas e conquistou a confiança do mercado global.

Na semana passada, a Lenovo comprou, também, a divisão de servidores de baixo custo da IBM por 2,3 bilhões de dólares, na que foi considerada a maior aquisição TI da China já feita. A empresa terá, portanto, duas novas áreas que exigirão grandes investimentos e esforços para integrá-las à companhia.

Se for bem sucedida, a Lenovo dará um grande passo para entrar de vez na disputa pelo império da tecnologia.

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