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Com foco em planos de saúde, rede de academias cresce mesmo na pandemia

A paulista B-Active trabalha com mais de 40 operadoras, oferecendo tratamentos terapêuticos; empresa já registra ocupação do período pré-pandemia

Rede atende por meio de sessões e somente com hora marcada (B-Active/Divulgação)

Rede atende por meio de sessões e somente com hora marcada (B-Active/Divulgação)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 10 de novembro de 2020 às 08h48.

Com a retomada gradual do comércio e dos serviços em meio à pandemia do novo coronavírus, o consumidor começa a ganhar confiança para voltar a fazer algumas atividades, como tratamentos ligados à saúde. Neste cenário, a rede de academias terapêuticas B-Active, com 10 unidades no país, já está operando a plena capacidade e registra crescimento de 10% do número de clientes em relação ao período pré-pandemia, com foco em planos de saúde.

Isso porque as unidades da rede não são academias convencionais, mas sim voltadas para clientes que buscam fortalecimento por algum tipo de problema de saúde, como dores nas costas, por exemplo. Em vez de aulas, são sessões que vão de musculação a pilates.

"A maioria dos nossos clientes vem com encaminhamento de médicos. Nós oferecemos uma academia terapêutica", afirma Benjamin Apter, diretor da rede.

Como cirurgião ortopedista e especialista em medicina esportiva, Apter garante que as sessões na B-Active dão resultados expressivos e, por esse motivo, a rede tem recebido grande demanda por parte dos planos de saúde. "Atualmente, é muito difícil conseguir se manter credenciado junto a operadoras de saúde diante da alta oferta no mercado", diz.

Segundo Apter, todos os funcionários da equipe de atendimento são fisioterapeutas e a academia atende por meio de sessões, que podem ser avulsas ou em pacotes.

O empresário conta que, no início da pandemia, a rede decidiu fechar as portas para entender como seria a dinâmica da quarentena. Após adotar todas as medidas de segurança necessárias e ampliar os horários de atendimento -- as sessões só podem ser feitas com hora marcada -- as unidades voltaram a funcionar. Em setembro, a rede já estava atendendo a 90% da capacidade de janeiro, período pré-pandemia.

"Aos poucos, os clientes compreenderam que é seguro voltar e que estamos adotando todas as medidas de segurança."

Investimentos

A B-Active tem registrado um crescimento médio de 10% ao ano e a meta é manter esse desempenho nos próximos cinco anos.

A rede funciona em modelo de franquia, com um investimento total de 770.000 reais, incluindo reforma da unidade para deixá-la apta para o funcionamento, capital de giro e treinamento. Não há aporte em marketing porque, segundo Apter, 80% dos clientes vêm das operadoras de saúde. O retorno estimado é de 24 meses.

"Estamos recebendo muitas consultas e avaliando os candidatos. Temos uma preocupação forte com a qualidade. Não vamos abrir franquia a qualquer custo", assegura Apter. "Somos considerados uma marca de academias terapêuticas premium e inovadora no Brasil."

Um dos diferenciais, segundo o empresário, é um software exclusivo no país. "Usamos protocolos de atendimento embasados em evidências médicas."

A meta é fortalecer a operação da rede entre São Paulo, Rio de Janeiro e região sul do país. "Em nenhuma das crises econômicas das últimas décadas o setor de saúde foi afetado, exceto por essa. Mas estamos crescendo e com uma forte retomada da demanda", diz  Apter.

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