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Com cautela, Vale enxuga projetos de siderurgia

Com a reestruturação, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, vai cumprindo a promessa feita quando assumiu o cargo, em 2011, de centrar esforços em mineração

Vale: a mudança faz parte de um processo de enxugamento da área de produção de aço da mineradora (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Rio de Janeiro - A conta da reestruturação que a Vale vem promovendo nos últimos meses chegou à siderurgia. Na virada do ano, o responsável pelo setor, Aristides Corbellini, deixou o cargo.

A mudança faz parte de um processo de enxugamento da área de produção de aço da mineradora. Nesse redesenho, a vaga de diretor global de siderurgia deve desaparecer.

Os investimentos passam agora a ser divididos entre as diretorias executivas de Ferrosos e Estratégia e de Implantação de Projetos de Capital. Nos bastidores, fontes afirmam que as demissões nesse departamento já chegam a 40 profissionais. Mas Corbellini não perde totalmente o vínculo com a Vale.

Com a reestruturação, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, vai cumprindo a promessa feita quando assumiu o cargo, em 2011, de centrar esforços em mineração, tendo o megaprojeto de Serra Sul, no Pará, no foco dos holofotes. A explicação para o enxugamento está na perda de importância dos projetos siderúrgicos nos planos de crescimento da Vale. Em meio a um grande excedente de aço no mundo, a companhia pisou no freio.

Essa mudança de estratégia tem sido feita com cautela. No passado, a falta de investimentos no setor motivou um embate entre o governo federal e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli. Para tentar a paz com o Planalto, o executivo incluiu quatro projetos de usinas no orçamento de 2010.

Desses, apenas um foi concluído: a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), sociedade com a ThyssenKrupp, que quer vender a sua fatia diante do momento difícil do setor. Outros dois não avançaram: o da Companhia Siderúrgica do Ubu (CSU), no Espírito Santo, e o da Aços Laminados do Pará (Alpa). O único que segue adiante é o da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, já em obras.

Segundo fonte próxima ao projeto da CSP, a siderúrgica sofre pouco com o cenário desfavorável. A explicação é que a planta é considerada estratégica para a sócia coreana Dongkuk. A companhia não produz placas no país asiático e, com a CSP, teria um fornecedor cativo.

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Rio de Janeiro - A conta da reestruturação que a Vale vem promovendo nos últimos meses chegou à siderurgia. Na virada do ano, o responsável pelo setor, Aristides Corbellini, deixou o cargo.

A mudança faz parte de um processo de enxugamento da área de produção de aço da mineradora. Nesse redesenho, a vaga de diretor global de siderurgia deve desaparecer.

Os investimentos passam agora a ser divididos entre as diretorias executivas de Ferrosos e Estratégia e de Implantação de Projetos de Capital. Nos bastidores, fontes afirmam que as demissões nesse departamento já chegam a 40 profissionais. Mas Corbellini não perde totalmente o vínculo com a Vale.

Com a reestruturação, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, vai cumprindo a promessa feita quando assumiu o cargo, em 2011, de centrar esforços em mineração, tendo o megaprojeto de Serra Sul, no Pará, no foco dos holofotes. A explicação para o enxugamento está na perda de importância dos projetos siderúrgicos nos planos de crescimento da Vale. Em meio a um grande excedente de aço no mundo, a companhia pisou no freio.

Essa mudança de estratégia tem sido feita com cautela. No passado, a falta de investimentos no setor motivou um embate entre o governo federal e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli. Para tentar a paz com o Planalto, o executivo incluiu quatro projetos de usinas no orçamento de 2010.

Desses, apenas um foi concluído: a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), sociedade com a ThyssenKrupp, que quer vender a sua fatia diante do momento difícil do setor. Outros dois não avançaram: o da Companhia Siderúrgica do Ubu (CSU), no Espírito Santo, e o da Aços Laminados do Pará (Alpa). O único que segue adiante é o da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, já em obras.

Segundo fonte próxima ao projeto da CSP, a siderúrgica sofre pouco com o cenário desfavorável. A explicação é que a planta é considerada estratégica para a sócia coreana Dongkuk. A companhia não produz placas no país asiático e, com a CSP, teria um fornecedor cativo.

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