Coca-Cola nega que segredo de sua receita tenha sido descoberto
A empresa negou que a fórmula citada seja a mesma usada no seu refrigerante de cola, a qual é mantida em um cofre bancário de Atlanta
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2011 às 20h18.
Nova York - A Coca-Cola disse na terça-feira que a receita do seu refrigerante de cola continua secreta, quase 125 anos depois de ser criada, desmentindo reportagem de uma rádio pública que afirmou ter descoberto a fórmula.
O programa semanal "This American Life" disse ter encontrado a secretíssima fórmula num artigo publicado em fevereiro de 1979 no Journal Constitution, jornal de Atlanta, cidade-sede da empresa.
Uma foto que aparecia junto à matéria mostrava páginas de um caderno com uma lista manuscrita de ingredientes como açúcar, suco de limão, baunilha e caramelo, além de óleos de canela, bergamota, coentro, noz-moscada, limão e laranja.
O programa, produzido pela rádio WBEZ Chicago e distribuído pela Public Radio International, afirma que o caderno originalmente pertencia a um amigo de John Pemberton, o farmacêutico que criou a Coca-Cola, em 1886.
O caderno passou por várias mãos e acabou ficando com o farmacêutico Everett Beal, que era conhecido do autor do artigo, segundo a viúva de Beal, entrevistada pelo apresentador do "This American Life", Ira Glass.
Mas a Coca-Cola, maior fabricante mundial de refrigerantes, negou que a fórmula citada seja a mesma usada no seu refrigerante de cola, a qual é mantida em um cofre bancário de Atlanta.
"Muitos terceiros, inclusive o 'This American Life', já tentaram violar nossa fórmula secreta. Podem tentar à vontade, eles não tiveram sucesso porque só existe uma que é 'A Real'", disse Kerry Tressler, assessora de imprensa da marca.
O programa de rádio dizia que a fórmula encontrada era igual a outra vista certa vez em um caderno de propriedade de Pemberton, e que está nos arquivos da Coca.
Philip Mooney, diretor desse arquivo, disse ao programa que muitas receitas semelhantes ou idênticas surgiram no passado. "Poderia ser um precursor? É, absolutamente", disse Mooney ao programa. "É essa a que foi para o mercado? Acho que não."