Negócios

Citigroup planeja deixar varejo no Brasil e na Argentina

Saída deve ser anunciada nas próximas semanas, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto que não quis se identificar


	Fachada do Citigroup: empresa estaria planejando fechar operações no Brasil e na Argentina
 (Kim Kyung-Hoon/REUTERS)

Fachada do Citigroup: empresa estaria planejando fechar operações no Brasil e na Argentina (Kim Kyung-Hoon/REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 07h44.

O Citigroup planeja deixar o varejo no Brasil e na Argentina, onde o banco tem operações há mais de 100 anos, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.

Saída deve ser anunciada nas próximas semanas, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque a decisão ainda não é pública. Liz Fogarty, porta-voz do banco com sede em Nova York, não quis comentar sobre os planos.

O presidente do banco, Michael Corbat, tem reduzido o varejo do Citigroup para simplificar a empresa, reduzir custos e aumentar os retornos. 

Ele anunciou planos em outubro de 2014 de fechar a unidade focada em pessoas físicas em 11 mercados, incluindo Peru, Costa Rica e outros quatro na América do Sul e Central.

A pessoa não disse quais negócios o Citigroup pode continuar a oferecer na Argentina e no Brasil. Quando concordou em vender sua unidade focada em consumidores no Japão para o Sumitomo Mitsui, em 2014, o Citi manteve serviços corporativos e de banco de investimento para os clientes. 

O banco, que obtém mais receita fora do seu mercado doméstico do que qualquer um dos seus concorrentes norte-americanos, tinha filiais em 24 países até setembro.

O movimento é um dos mais relevantes desde que Stephen Bird assumiu o comando do varejo do banco, em junho, no lugar de Manuel Medina-Mora, que se aposentou. 

Jane Fraser, que também concorria pela vaga, comanda as operações na América Latina a partir de Miami.

Desde 1914

A unidade na Argentina foi aberta em 1914, sendo a primeira filial do banco fora dos Estados Unidos, segundo seu próprio site. 

Possui mais de 2.700 funcionários no país, 71 agências e US$ 3 bilhões em ativos, segundo dados da associação de bancos da Argentina. 

A economia da Argentina está lutando depois de anos de controles cambiais e políticas que desencorajaram o investimento. 

O país tem sido incapaz de acessar os mercados internacionais de dívida por causa de uma disputa com os credores que sobraram do default de 2001.

O Citigroup tinha cerca de 6.000 funcionários no Brasil em 2014, disse um executivo do banco na época. 

O banco possui 71 agências no Brasil, onde começou a operar em 1915, segundo o site. 

O Citi é o décimo maior banco comercial do país, com R$ 80,6 bilhões (US$ 20 bilhões) em ativos, de acordo com dados do Banco Central. 

O Barclays e o Deutsche Bank têm reduzido a presença no País que enfrenta a que está prevista para ser a pior recessão em mais de um século.

Acompanhe tudo sobre:Bancosbancos-de-investimentoCitigroupEmpresasFinanças

Mais de Negócios

Kopenhagen planeja abrir 200 unidades ainda em 2024. Para isso, aposta em loja compacta de R$300 mil

Feira de franquias da ABF: conheça redes com novos modelos a partir de R$ 30 mil

De olho em mercado de US$ 5,7 bi, startup capta R$ 7 milhões para transformar sites em marketplaces

Playcenter: Cacau Show terá 100 parques da marca nos próximos anos; veja onde fica o próximo

Mais na Exame