Cielo: executivo afirmou esperar que lucro da companhia a partir de 2019 cresça ao redor de 5 a 10 por cento no comparativo anual (Paulo Fridman/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 31 de julho de 2018 às 15h41.
São Paulo - A Cielo deve começar a colher em 2019 os resultados de sua estratégia de ampliação de produtos e maiores gastos com marketing, para lidar com o cenário de 'tempestade perfeita' pontuado por forte aumento da competição e atividade econômica menor que a esperada, disseram executivos nesta terça-feira.
"O nível de lucro da Cielo no segundo trimestre foi um piso, mas a retomada no curto prazo ainda é desafiadora", disse Victor Schabbel, diretor de relações com investidores da companhia.
Schabbel afirmou esperar que o lucro da companhia a partir de 2019 cresça ao redor de 5 a 10 por cento no comparativo anual.
Clovis Poggetti, vice-presidente executivo de finanças e diretor de relações com investidores da companhia, disse que amargem de lucro pode começar a melhorar a partir do quarto trimestre, após fim do "rescaldo" das mudanças criadas com a entrada em vigor do sistema de multivan no mercado de pagamentos.
As declarações acontecem um dia após a líder do mercado de meios de pagamentos no país ter divulgado que seu lucro do segundo trimestre caiu 18 por cento ante mesma etapa de 2017, refletindo nova rodada de queda no volume de transações com cartões de débito e nas receitas com antecipação de recebíveis.
O resultado trouxe uma chuva de piora nas expectativas de analistas para a companhia. O Safra reduziu a recomendação do papel da Cielo para 'neutra' ante 'outperform'. A Brasil Plural cortou a recomendação para 'underweight'. O BTG Pactual manteve recomendação neutra, mas alertou para "desafios" à frente.
O BB Investimentos cortou o preço-alvo da ação ao fim deste ano de 25 para 17 reais, enquanto o Credit Suisse reduziu o preço-alvo de 20 para 17 reais.
Às 15:27, a ação da Cielo desabava 7,86 por cento, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, tinha baixa de 1,21 por cento.